Este arruamento já aparece referido nas descrições paroquiais após a remodelação paroquial de 1770, na freguesia de S. Pedro.
De acordo com o olisipógrafo Norberto de Araújo nesta rua existiu «uma
rudimentar fábrica de pólvora, que funcionava na última década do
século XVII (depois de 1690), e em cujo lugar, no começo de setecentos,
D. João V mandou construir uma outra majestosa Fábrica, cujos restos arquitectónicos estão à vista, denotando a beleza primitiva que ressaltava de um estilo nobre e largo nas janelas e seu coroamento, na composição, entablamento e solidez dos materiais». [...]
Rua da Fábrica da Pólvora [c. 1940] Rua da Cruz a Alcântara (à esq.) Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Dentro de poucos meses (ainda neste ano de 1939) começarão as demolições neste velho edifício, inicio dos trabalhos para o Vale de Alcântara, que inclui duas pontes, a de Alcântara à Cruz das Oliveiras, e deste lugar a Linda-a-Velha, para definição da auto-estrada de Lisboa- Cascais.
Esta
Rua da Fábrica da Pólvora oferece a particularidade histórica de nela
ter habitado durante alguns anos, e falecido em 13 de Outubro de 1666, o
escritor D. Francisco Manuel de Melo, «na sua Quinta de Alcântara», que
bem podia ser a desmantelada Quinta da Cabrinha, de que havia até há
pouco vestígio toponímico no pátio da Cabrinha. Mas tudo isto são águas
passadas.==
(in Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa, vol. IX, pp. 27-28, 1939)
(in Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa, vol. IX, pp. 27-28, 1939)
Rua da Fábrica da Pólvora de Alcântara [1939] Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
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