Monday 7 September 2015

Palácio do Loreto (ou Pinto Basto)

O palacete foi construído no século XVIII e teve em Francisco Dias Pereira o seu primeiro morador, em 1791. Na altura, o Largo do Chiado ainda era conhecido como Largo das Duas Igrejas, devido à presença das Igrejas da Encarnação e de Nossa Senhora do Loreto.
Em 1808, o edifício transforma-se em sede do Estado Maior Napoleónico, dando guarida ao general Junot, quando o país já tinha o seu rei refugiado no Brasil. Pouco tempo depois serviu para alojar o Exército britânico, que veio tentar derrotar os ocupadores franceses. Em 1820, o fundador da Vista Alegre, José Ferreira Pinto Basto, instala-se no Palácio, saindo dez anos depois para deixar o edifício funcionar como um colégio. As alterações feitas nesta altura mantêm-se até hoje.

Palácio do Loreto |1914|
Largo do Chiado; Rua Paiva de Andrada; Rua António Maria Cardoso
 Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente

Mas foi como Hotel que o Palácio ficou mais conhecido. Primeiro chamou-se «Peninsula», depois «Itália», por fim «Matta», quando foi gerido pelo primeiro grande cozinheiro português, João Matta. Depois, tornou-se a sede da Sociedade de Ciências, tendo sido nessa altura construído no jardim do Palácio uma estufa de plantas ornamentais, e também a casa da Cooperativa Agrícola. Por fim, o edifício foi adquirido pela Companhia de Seguros «A Mundial», em 1913, hoje em dia conhecida por «Fidelidade Seguros». (in ardinas.com)

O Hotel da Península instalado no  Palácio do Loreto |séc. XIX|
Antigo Largo das Duas Igrejas, ou do Loreto, hoje do Chiado
Gravura, 
in Lisboa de Antigamente
 

A este palácio se refere Eça de Queiroz num excerto de O Mandarim.
“(...) Então começou a minha vida de milionário. Deixei bem depressa a casa de Madame Marques (...) Comprei, habitei o palacete amarelo, ao Loreto: as magnificências da minha instalação são bem conhecidas pelas gravuras indiscretas da ”Ilustração Francesa”.

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