Construída para a Sociedade Portuguesa de Automóveis, segundo projecto
de Vieillard & Touzet, datado de 1906, trata-se de um edifício de
planta quadrada, desenvolvido em dois pisos encimados por frontão curvo
ladeado por duas pilastras. Classificado como Imóvel de Interesse
Público, traduz uma arquitectura civil de equipamento ecléctica e dos
raros exemplares da arquitectura do ferro em Lisboa, observando-se a
permanência dos esquemas arquitectónicos oitocentistas com recurso a uma
gramática decorativa de cariz neoclássico, visível na entrada
tripartida, a par de uma linguagem Arte Nova patente na utilização do
ferro associado ao vidro, no grafismo ondulante da palavra Auto-Palace
do frontão, assim como nos vitrais do 2º piso, datados de 1907 e
assinados por C. Martins, que têm como temática principal o automóvel,
enquadrado por uma malha fina e sinuosa de motivos florais.
Foi considerado uma das 100 Obras de Engenharia mais relevantes do século passado. [icm-lisboa.pt]
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Esta Rua de Alexandre Herculano — recorda o ilustre Norberto de Araújo — pertence já à urbanização de Lisboa do fim do século passado [XIX]- moderna , desafogada , de construções sólidas, e algumas dignas de uma capital, e que sucederam a antigos prédios e casebres.
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Nota(s): Transporte colectivo em experiência. À data da 1ª imagem o edifício é ocupado pela "Portuguese Motor & Machinery Company, Ltd"- Sucessores; no local actualmente ocupado pela entrada do Mercado do Rato, havia então a carpintaria Mechanica Portugueza; o veículo a sair do salão, faz uma demonstração, como se infere da placa existente na sua dianteira.
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