Friday, 11 September 2015

Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença

A rainha D. Maria I mandou, por provisão de 12 de Dezembro de 1791, os directores da Real Obra das Águas Livres estudarem as nascentes que pudessem vir a abastecer chafarizes nas estradas da Convalescença e das Laranjeiras. Os moradores da zona já várias vezes tinham pedido à Direcção da Real Obra a construção de chafarizes ou fontes nestes locais. O Chafariz das Laranjeiras foi edificado em menos de três anos após estes estudos, enquanto o Chafariz da Convalescença demorou mais tempo, somente foi concluído em 1817.

Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença  |1968|
Estr. de Benfica e Travessa das Águas Boas

Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Era abastecido com água do Aqueduto. O seu encanamento vinha desde São Domingos de Benfica encostado ao muro da Quinta da Senhora Infanta D. Isabel Maria. Este encanamento entupia-se muitas vezes por causa das raízes, por isso a Câmara, em 1849, ordenou a execução de um novo encanamento com 1846 palmos. Custou 18 961$423 réis, soma avultada para o tempo. Os seus sobejos eram para o Conde de Farrobo, filho do Barão Joaquim Pedro Quintela.  Na sua decoração ostenta as armas reais de D. João VI. Tem um só tanque com duas bicas. A atribuição da autoria da obra a José Theresio Micheloti (ou a Honorato José Correia de Macedo e Sá, seguindo planta elaborada por Micheloti) foi efectuada por Manuel Justino Pinheiro Maciel.
(ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo. Lisboa : Imprensa Silviana, 1851)

Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença |c. 1950|
Estr. de Benfica e Travessa das Águas Boas
 
António Passaporte, in Lisboa de Antigamente

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