A rainha D. Maria I mandou, por provisão de 12 de Dezembro de 1791, os
directores da Real Obra das Águas Livres estudarem as nascentes que
pudessem vir a abastecer chafarizes nas estradas da Convalescença e das
Laranjeiras. Os moradores da zona já várias vezes tinham pedido à
Direcção da Real Obra a construção de chafarizes ou fontes nestes
locais. O Chafariz das Laranjeiras foi edificado em menos de três anos
após estes estudos, enquanto o Chafariz da Convalescença demorou mais
tempo, somente foi concluído em 1817.
Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença |1968| Estr. de Benfica e Travessa das Águas Boas Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Era abastecido com água do Aqueduto. O seu encanamento vinha desde São
Domingos de Benfica encostado ao muro da Quinta da Senhora Infanta D.
Isabel Maria. Este encanamento entupia-se muitas vezes por causa das
raízes, por isso a Câmara, em 1849, ordenou a execução de um novo
encanamento com 1846 palmos. Custou 18 961$423 réis, soma avultada para o tempo. Os seus sobejos
eram para o Conde de Farrobo, filho do Barão Joaquim Pedro Quintela. Na
sua decoração ostenta as armas reais de D. João VI. Tem um só tanque
com duas bicas. A atribuição da
autoria da obra a José Theresio Micheloti (ou a Honorato José Correia de
Macedo e Sá, seguindo planta elaborada por Micheloti) foi efectuada por
Manuel Justino Pinheiro Maciel.
(ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória
sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e
muitos logares do termo. Lisboa : Imprensa Silviana, 1851)
Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença |c. 1950| Estr. de Benfica e Travessa das Águas Boas António Passaporte, in Lisboa de Antigamente |
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