Edifício projectado pelo arq.º Álvaro
Machado, em 1904. Em 1905 era propriedade de Madame Anne Roussel que aqui fundou um colégio — Colégio Anne Roussel — «destinado a ser um estabelecimento de educação de crianças do
sexo feminino». Entre 1920 e 1932, funcionaram no edifício o Colégio Inglês e a Escola Minerva [vd. 1ª foto]. Desde 1932 está aqui instalado o Colégio Académico.
Numa linguagem neo-românica um pouco tosca, caracteriza-se, também, por um certo ecletismo. Edifício de gaveto de planta irregular, desenvolvendo-se em 3 pisos, cujo corpo que torneja, apresenta planta de quarto de círculo, 2 pisos e cércea inferior relativamente aos corpos adjacentes, onde se encontra incrustado. A sua fachada caracteriza-se por uma dinâmica de janelas, com predomínio do arco pleno e da verga curva, do recurso repetido a janelas polilobadas com bandas lombardas e a janelas de frestas. Destaca-se, ainda, o desenho das fachadas, eficazmente realçado através de faixas em azulejo, autoria do pintor José António Jorge Pinto, cuja sofisticação, simbologia e complexidade de padrões são deveras notáveis.
Avenida da República, 13 |1931| Escola Minerva, esquina com a Av. Duque de Ávila Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Numa linguagem neo-românica um pouco tosca, caracteriza-se, também, por um certo ecletismo. Edifício de gaveto de planta irregular, desenvolvendo-se em 3 pisos, cujo corpo que torneja, apresenta planta de quarto de círculo, 2 pisos e cércea inferior relativamente aos corpos adjacentes, onde se encontra incrustado. A sua fachada caracteriza-se por uma dinâmica de janelas, com predomínio do arco pleno e da verga curva, do recurso repetido a janelas polilobadas com bandas lombardas e a janelas de frestas. Destaca-se, ainda, o desenho das fachadas, eficazmente realçado através de faixas em azulejo, autoria do pintor José António Jorge Pinto, cuja sofisticação, simbologia e complexidade de padrões são deveras notáveis.
Escola Minerva |1905| Fachada sobre a Av. Duque de Ávila Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Avenida da República, 13 e 15A |1968| Esquina com a Av. Duque de Ávila; Colégio Académico e «Patisserie Versailles» Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
A «Patisserie Versailles» ocupou a loja do edifício projectado em 1919 pelo arqº Manuel Norte Júnior. Fundada em 1922 por Salvador Antunes, um português com formação em pastelaria francesa e apaixonado pela art nouveau, tem o nome do famoso palácio francês e o seu interior parece mesmo uma sala saída deste.
Patisserie Versailles (à dir. vê-se o fundador Salvador José Antunes) |c. 1922| Avenida da República, 15A Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Enormes espelhos nas paredes e tectos trabalhados nos quais pendem lustres, detalhes art nouveau fazem parte da decoração com pinturas de Benvindo Ceia, retratando os lagos de Versailles, e o trabalho em talha por Fausto Fernandes, que recriam um ambiente de um verdadeiro clássico café europeu, onde era servida a pastelaria mais variada de Lisboa. O nome de «Patisserie Versailles» manteve-se até 1926, ano em que foram proibidas designações estrangeiros.
Patisserie Versailles |c. 1937| Avenida da República, 15A Estúdio Mário Novais, in Lisboa de Antigamente |
Fico muito surpreendido por encontrar aqui, ao clicar por acaso, um dos meus pseudónimos ("António Agá") que usei na minha longa vida profissional, como cronista, director ou colaborador de várias revistas e jornais, escritor, autor de textos para TV e Rádio ("Parodiantes" p.ex.) e Publicitário da Regisconta ("Homem da Regisconta, "aquela máquina!", etc.).Esta imagem do Colégio Académico recordou-me que fiz no Académico (secção masculina) todo o meu Liceu, e com os colegas vínhamos dos Anjos à Av da República para "ver as meninas da secção feminina"... Isto lá pelos anos 40/50 do sec XX... E às vezes entrávamos na Versailles para comer um bolinho... Obrigado pela recordação! - ANTÓNIO GOMES DALMEIDA
ReplyDeleteOnde?
DeleteFiz obras de restauro no Colégio Academico em 2005
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