«Eis-nos no Largo do Conde Barão. Êste dístico provém do Conde-Barão de Alvito cujo Palácio aqui existiu — e existe ainda, transformado —, no prédio, esquina da Rua dos Mastros, e que se prolonga para o nascente [...]»
(in Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, p. 80)
Na primeira imagem, os famosos carros «Americanos» imortalizados por Eça de Queiroz em «Os Maias». Percorrendo a cidade, do Intendente ao Conde-Barão, de lotação limitada e puxados a dois ou quatro muares, ofereciam já o conforto dos rails, ou calhas, a mesma via transmitida, por herança, aos actuais «eléctricos».
À esquerda, o palácio que foi dos Almada-Carvalhais — Provedores da Casa da Índia — mandado construir no século XVI (cerca de 1545), por Rui Fernandes de Almada, banqueiro e feitor da Flandres. À data desta imagem, o solar já era propriedade da Companhia Nacional Editora, Limitada, «honra da indústria gráfica portuguesa», datada do ano de 1884.
Largo do Conde Barão [séc. XIX] Palácios dos Almada-Carvalhais e dos Alarcões, respectivamente. Lá bem no alto, o miradouro de Sta. Catarina Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
O Palácio do Conde-Barão de Alvito [vd. 2ª foto] é um edifício palaciano, de arquitectura chã, construído em finais do século XVI e transformado em 1606, sofrendo alguns restauros nos séculos XVIII, XIX e 1ª metade do século XX. Foi residência dos Barões de Alvito (mais tarde Condes-Barões), que o abandonaram logo a seguir ao terramoto de 1755, passando o edifício por diversas mãos. Contudo, a memória da família ali se perpetuou, dando o nome ao largo que posteriormente se formou frente ao palácio. [...]
Largo do Conde Barão [1912] Palácio (do Conde-Barão de) Alvito; carro da empresa Salazar Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
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