A construção do hotel Ritz, projectado pelo arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, teve início em 1952 e foi inaugurado em 1959. Para a distinção do Ritz, ainda hoje uma referência no quadro da hotelaria nacional, muito contribuíram consagrados artistas, entre os quais Almada Negreiros, Sarah Afonso, Barata Feyo ou Carlos Botelho. Por indicação do regime de então, ansioso por ter na capital uma unidade de luxo com todos os requisitos da hotelaria moderna, foi constituída, especialmente para este efeito, uma Sociedade de Investimentos Imobiliários (Sodim), da qual fazia parte, entre outros, o banqueiro Ricardo Espírito Santo. Refira-se que em 1959 — quer modernos quer conservadores — não gostaram do que viram, tendo sido muito criticadas as opções artísticas adoptadas para o hotel. Consta, até, que o próprio Salazar — que só visitou o Ritz uma única vez, numa pré-inauguração exclusiva —, não apreciou nada do que lhe foi dado ver no hotel, tendo permanecido em silêncio durante a visita acabando por sair pela porta de serviço das cozinhas, não tendo mais lá sido visto, nem sequer para inaugurarão oficial, à qual, aliás, se recusou a comparecer.
A publicidade ao Ritz dava-o como «O Grande Hotel de Lisboa». Estava equipado com trezentos quartos, todos com sala de banho privativa revestida de mármore, e anunciava-se ambiente climatizado e ventilação garantida por aparelhagem silenciosa. Um must daquele tempo.
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Hotel Ritz [1959] Rua Castilho, Rua Rodrigo da Fonseca; Rua Joaquim António de Aguiar; Rua Marquês de Subserra Obras do metropolitano, vendo-se à esquerda a estátua do Marquês de Pombal e, em baixo, os terrenos do antigo Palácio Sabrosa; ao fundo vê-se o hotel Ritz Judah Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Situado no topo de uma colina no coração de Lisboa, a quinze minutos do aeroporto e a dez minutos da baixa e zona histórica de Lisboa, o hotel reflecte o encanto e história de Portugal na sua arquitectura e interiores espaçosos. Trata-se de uma construção de grande monumentalidade, acentuada pela sua dimensão, pela sua perfeita geometria e pelo revestimento integral das fachadas a mármore. Oferece 284 amplos quartos, com luxuosos quartos de banho em mármore, varandas debruçadas sobre o Parque Eduardo VII, com vistas fabulosas sobre a cidade. O (agora) Four Seasons Ritz Hotel detém mais de 600 obras de arte, desde tapetes e carpetes artesanais, pinturas e esculturas que ornamentam os halls de mármore do hotel. Os seus hóspedes têm ao seu dispor o centro de negócios, 'fitness centre' muito bem equipado, spa e a piscina interior. Do restaurante 'Varanda'' desfruta-se de excelente vista para o Parque Eduardo VII e para os terraços do hotel e oferece o melhor da cozinha portuguesa e internacional. O 'Ritz Bar'' com decoração onde predominam as cores vermelho e preto, tem música ao vivo em piano.
Hotel Ritz [1959] Rua Castilho, Rua Rodrigo da Fonseca; Rua Joaquim António de Aguiar; Rua Marquês de Subserra António Passaporte, in Lisboa de Antigamente |
Hotel Ritz vista tomada do Parque Eduardo VII [c. 1960] Rua Castilho, Rua Rodrigo da Fonseca; Rua Joaquim António de Aguiar; Rua Marquês de Subserra António Passaporte (Loty), in Lisboa de Antigamente |
O interior, luxuosamente desenhado, acolhe mobiliário fabricado expressamente nas oficinas da Fundação Ricardo Espírito Santo, assim como obras de arte moderna dos mais consagrados artistas da época, como Almada Negreiros, Querubim Lapa, Martins Correia, Lagoa Henriques, Sara Afonso e Carlos Botelho contribuíram para a decoração com valiosas obras. Carlos Calvet e Lino António criaram motivos para tapeçarias, produzidas na fábrica de Portalegre.
O Hotel, incluindo o seu património integrado, encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público.
O Hotel, incluindo o seu património integrado, encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público.
Hotel Ritz, restaurante 'Varanda'' [c. 1959] Rua Castilho, Rua Rodrigo da Fonseca; Rua Joaquim António de Aguiar; Rua Marquês de Subserra Amadeu Ferrari, in Lisboa de Antigamente |
Também digna de admiração é a principal escadaria de acesso ao Salão Nobre com um mural lacado de Pedro Leitão e madrepérola de Arnaldo Louro de Almeida e, ao descer, chega-se junto da coluna do mestre ceramista Querubim Lapa, um verdadeiro totem artístico.
Hotel Ritz Coluna do mestre ceramista Querubim Lapa e mural lacado de Pedro Leitão e madrepérola por António Louro de Almeida. |
N.B. Caso esteja interessado e disponha de 30 minutos, aconselhamos ao prezado leitor uma visita guiada, pela mão da RTP, a este edifício icónico da cidade de Lisboa. Vale bem a pena, acreditem.
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Bibliografia
BRASÃO, Inês, Hotel, os Bastidores, 2017.
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1. O enorme painel lacado,dourado e com incrustações a madrepérola foi integralmente executado pelo pintor ARNALDO Louro de Almeida (e não António Louro de Almeida), como aliás se pode ver observando a assinatura deste artista no próprio painel, junto ao canto inferior direito.
Toda a execução da laca, folha de ouro, incrustações de madrepérola, etc, é totalmente de Arnaldo Louro de Almeida. O desenho original (na maquete), esse, é que é de Pedro Leitão.
Há,infelizmente, trabalhos académicos sobre o acervo artístico do hotel Ritz que indicam erradamente "António" em vez de "Arnaldo". Quem os fez não deve sequer ter olhado para o painel...
No site do Ritz Four Seasons Hotel está correctamente indicado Arnaldo Louro de Almeida. A melhor prova é ir lá ver...
Guilherme de Almeida
Grato pela correcção.
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