Este topónimo, juntamente com mais nove, faz parte do primeiro Edital da vereação republicana, datado de 5 de Novembro de 1910, ou seja, precisamente um mês após a implantação da República. Após a proclamação da República a Câmara de Lisboa alterou a toponímia, substituindo os nomes das figuras públicas comprometidas com a monarquia e os topónimos de cariz religioso por outros evocativos dos ideais republicanos e esta Avenida da República é disso um exemplo claro, substituindo o topónimo do criador das Avenidas Novas em 1904 — Ressano Garcia — pela própria República.
Avenida da República |1926| Junto ao Viaduto de Entrcampos; à esq., o antigo Mercado Geral de Gados, depois Feira Popular; à dir., a Rua Visconde de Seabra Legenda no arquivo: «Exercícios da Polícia Cívica no Campo Grande» Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
O topónimo «Visconde de Seabra» perpetua na toponímia de Lisboa o nome de António Luís de Seabra (1798-1895), 1º visconde de Seabra, com título atribuído em 25 de Abril de 1865, responsável pela organização do projecto de Código Civil que foi promulgado por Carta de Lei em 1 de Julho de 1867.
Formado em 1820, a sua carreira desenvolveu-se como deputado, membro da Câmara dos Pares, Ministro da Justiça (1852 e 1868), reitor da Universidade de Coimbra (1866-68) e juiz do Supremo Tribunal de Justiça. [cm-lisboa.pt]
Avenida da República |ant. 1934| Junto ao Viaduto de Entrcampos; à dir., a Rua Visconde de Seabra Legenda no arquivo: «Volta a Portugal em carro» Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
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