A Avenida Sidónio Pais, que liga a Avenida Fontes Pereira de Melo à Rua Marquês de Fronteira, é um arruamento nascido do Edital municipal de 22
de Junho de 1948 no que antes era identificado como «arruamento a Oriente
do Parque Eduardo VII entre a Avenida Fontes Pereira de Melo e a Rua
Marquês de Fronteira».
Jogo de futebol nos terrenos da futura Avenida Sidónio Pais |1965| Ao fundo notam-se edifícios do chamado Bairro Azul. O prolongamento (e remate) da Avenida Sidónio Pais - entre as ruas Engenheiro Canto Resende e Marquês de Fronteira - só se concluiu no início da década de 1970. Augusto de Jesus Fernandes, in Lisboa de Antigamente |
Em 1945, o Prémio Valmor foi atribuído a um edifício de habitação
localizado na Avenida Sidónio Pais, 14, propriedade de Ferreira &
Filho, Lda., com projecto de arquitectura de António Maria V. dos Reis
Camelo. Construído no estilo «Estado Novo», tem um aspecto sólido e algo
monótono, com uma fachada em duas cores. O torreão de entrada do
edifício eleva-se mais um piso que o restante edifício, sendo rematado
por pináculos e telhado com grande inclinação. Mantém a função original.
Avenida Sidónio Pais, 14 |1946| Prémio Valmor 1945; Rua Engenheiro Canto Resende Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
N.B. Militar e académico de formação científica, Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu a 1 de Maio de 1872, em Caminha, e morreu a 14 de Dezembro de 1918, em Lisboa.
Repartiu a sua actividade pela docência (regeu a cátedra de Matemática
em Coimbra), pelo serviço militar, pela política e pela diplomacia. A
sua carreira política apenas se iniciou após a implantação do regime
republicano, durante o qual foi sucessivamente deputado e senador e
sobraçou pastas ministeriais (Fomento e Finanças), após o que ingressou
na carreira diplomática, como representante de Portugal em Berlim,
quando já se avizinhava a Primeira Guerra Mundial. Regressando a Portugal após a declaração do estado de guerra entre a Alemanha e Portugal,
participa na conspiração que virá a instaurar a "República Nova", que,
sob a sua direcção suprema, colocou no poder, no período de 1917-18, uma
confederação de interesses composta por republicanos descontentes,
monárquicos e clericais, e adversários da participação na guerra.
Legitimou a sua presidência por meio de eleições, exerceu o poder com um
misto de autoritarismo (em que alguns encontram uma espécie de "ensaio"
do salazarismo) e de populismo. A sua morte, num atentado, em 1918,
deixou o país numa situação de grande instabilidade, em que se chegou a
temer a restauração da Monarquia. [infopedia.pt]
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