A revolução de Sidónio Pais começa em 5 de Dezembro de 1917 quando as suas tropas acampam na Rotunda (hoje Pç. Marquês de Pombal) para derrubar o governo de Afonso Costa.
No período em que a participação de Portugal na I Guerra Mundial marcava a conjuntura política, económica e social do país, Sidónio Pais lidera a revolta militar triunfante, que se saldará na constituição de uma Junta Militar (a que preside), na dissolução do Parlamento, no derrube do governo de Afonso Costa e na destituição do Presidente da República Bernardino Machado.
Faz a primeira proclamação ao País onde se propõe a criação de uma República Nova e suspende a Constituição de 1911, é eleito por sufrágio directo para a Presidência da República e cria um Senado profissional. O regime presidencialista de Sidónio Pais (1872—1918) não sobreviveria à sua morte.
Faz a primeira proclamação ao País onde se propõe a criação de uma República Nova e suspende a Constituição de 1911, é eleito por sufrágio directo para a Presidência da República e cria um Senado profissional. O regime presidencialista de Sidónio Pais (1872—1918) não sobreviveria à sua morte.
Trincheiras na Rotunda [actual Praça Marquês de Pombal] construídas aquando da Revolução de Sidónio Pais a 5 de Dezembro de 1917 Parque Eduardo VII, antigo Vale de Pereiro, vendo-se ao fundo, a Cadeia Penitenciária de Lisboa na Rua Marquês de Fronteira. Anselmo Franco, in Lisboa de Antigamente |
Apesar de uma intensa actividade legislativa, a República Nova
não possui um programa definido para contrapor ao regime anterior, nem
quadros à altura para desempenhar a tarefa da governação. Num ano de
ditadura dão-se três remodelações ministeriais, o que agrava a
instabilidade governamental e introduz um princípio de caos na
administração pública. A primeira, em Março de 1918, na sequência da
demissão dos ministros unionistas, dá lugar ao segundo governo
sidonista. A segunda, em Maio, empossa o terceiro governo de Sidónio. A
terceira, em Outubro, dá posse ao quarto e último governo sidonista.
General Barnardiston, chefe da missão militar inglesa e sua esposa, percorrendo o acampamento revolucionário acompanhados por Sidónio Pais a 5 de Dezembro de 1917 Parque Eduardo VII, antigo Vale do Pereiro, vendo-se ao fundo, a Cadeia Penitenciária de Lisboa na Rua Marquês de Fronteira; Palácio Mendonça. Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Durante o ano em que permaneceu no poder Sidónio Pais altera a Lei de Separação entre as Igrejas e o Estado, numa tentativa de apaziguamento das relações com a Igreja (23 de Fevereiro de 1918), estabelece o sufrágio universal (11 de Março de 1918) e consegue reatamento das relações com a Santa Sé, através do envio do Monsenhor Aloísio Mazella que assume as funções de Encarregado de Negócios da Santa Sé em Lisboa (25 de Julho de 1918).
No dia 5 de Dezembro de 1918, durante as comemorações do golpe perpetrado por si, em 1917, Sidónio sofre o primeiro atentado mas sai ileso.
Poucos dias depois, a 14 de Dezembro de 1918, um novo atentado seria fatal. Sidónio deslocara-se à Estação do Rossio para apanhar o comboio para o Porto. É então que José Júlio da Costa, ex-sargento do exército, dispara contra o Presidente. Acaba por falecer na Sala do Banco do Hospital de S. José, em Lisboa.
O seu funeral realiza-se no dia 21 de Dezembro de 1918, no meio de enormes manifestações de pesar. O seu corpo veio a ser posteriormente a ser trasladado para o Panteão Nacional.
Revolução de Sidónio Pais, in Ilustração Portuguesa, 17 Dez. 1917 (clicar para ampliar) |
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