«(…) os jardins [do Campo Grande] com o seu microscópico museu, mais conhecido pelo Chalet das Cannas (…).
«Tudo ali é perfeito e digno da mais detida inspecção.
«Desde as portas bordadas a lasulite, que deixam penetrar nesta mansão rendilhada, habitada sem dúvida por hariolos e fadas, os indecisos vapores violáceos e argênteos das correntes vivas que alimentam vários aquários, onde peixes exóticos e indígenas se misturam e ostentam formas esquisitas e fantásticas, até às tépidas transparências das janelas ogivais, com enfeites de plantas campestres, coando apenas a luz tão intensa do exterior. (…)
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Chalet das Cannas [1939] Eduardo Portugal, in AML |
Tudo isto realçado ainda pela riqueza duma ornamentação que não obedece a modelos, que não segue escolas, nem copia estilos, formada de delgados juncos, vimes e variadas espécies de bambus e cannas vulgares.» (in O Tiro Civil, Lisboa, 1 Abr.il de 1903, pp.3-4)
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