Inaugurado a 12 de Julho de 1907 — na cerca do Palácio Folgosa, à Rua da Palma, o famoso «Paraíso de Lisboa», era um parque de diversões, ornado de pequenas muralhas, situado na Rua da Palma paredes meias com o «Real Colyseu de Lisboa».
É provável que o recinto, dirigido por Augusto Pina e por Mimon Anahory, que tinha sido responsável pelo parque de diversões que nos meses de Verão se instalava no Jardim de S. Pedro de Alcântara, correspondesse, segundo os dados de que dispomos, ao modo como a cidade tradicionalmente vivia os seus divertimentos. A quase espontaneidade formal dos seus dois «teatrinhos», onde se ofereciam espectáculos variados e animatógrafo, as barracas de jogos e os cafés que se levantavam ao ar livre tornam possível imaginarmos o ambiente e o uso efectivo que se dava às suas estruturas. Aliás, a simples nota registada na altura de que o espaço fazia lembrar a antiga Esplanada d.os Recreios Whittoyne, aos Restauradores, demolida em 1866.
Paraíso de Lisboa [ant. 1910] Rua da Palma, 273 Entrada 100 réis, lê-se no muro ameado. Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente |
O recinto incluía um teatro, ringue de patinagem, carrossel, labirinto de espelhos, barracas de tiro, tômbolas, de comidas e bebidas — divertimentos fáceis, ao ar livre — ligeiros, género Folies Bergères, jogos, cafés, etc..
Paraíso de Lisboa, recinto de diversões [ant. 1910] Alberto Carlos Lima, in Lisboa de AntigamenteRua da Palma, 273 |
Possuía um palco arte-nova instalado sobre um pequeno lago, e plateia ao ar livre. Não teve vida desafogada, acabando por encerrar no fim da década de 1910 sucumbindo à urbanização do lado poente da Rua da Palma.
Paraíso de Lisboa, palco de um dos «teatrinhos» [ant. 1920] Alberto Carlos Lima, in Lisboa de AntigamenteRua da Palma, 273 |
Bibliografia
ACCIAIUOLI, Margarida, Os Cinemas de Lisboa, 2012
ACCIAIUOLI, Margarida, Os Cinemas de Lisboa, 2012
Ainda assisti a Teatro com o Viana, não me recordo do nome do Teatro.
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