Edificado numa antiga zona de ocupação de cariz aristocrático caracterizada pela existência de um número significativo de casas nobres de características eminentemente barrocas. Numa situação sobranceira ao rio, materializa-se sobre um terreno rectangular de acentuada direcção Nordeste/Sudoeste paralelo ao eixo que define a Rua da Junqueira, contribuindo de forma significativa para a composição e definição do plano de rua. Integrada num conjunto urbano consolidado, é limitada a Sul pela rua da Junqueira e a Oeste pela Travessa Conde Ribeiro e encontra-se adossado ao Palácio Burnay.
Palácio Ribeira Grande [c. 1940] Rua da Junqueira, 62-78; Travessa Conde da Ribeira Estúdio Horácio Novaisl, in Lisboa de Antigamente |
«O Palácio Ribeira (Marqueses e Condes da Ribeira Grande), na Rua da Junqueira, é uma reconstrução do século XVIII, de semblante muito decorativo, e vale hoje apenas pelo seu exterior.
Quando em 1701 João de Saldanha e Albuquerque, 6.º administrador do morgado dos Saldanhas, obteve autorização de D. Pedro II para aforar terrenos da grande propriedade rústica dos seus maiores, que ia de Santo Amaro quase até até Belém, um dos favorecidos foi o 2.º Conde da Ribeira Grande, que em 1724, por já haver falecido seu pai, o 3.° Conde, herdara os bens e títulos do avô, o 2.º Conde, D. José Rodrigo da Câmara, grande senhor nos Açores, donatário e governador de S. Miguel, e que casara e que casara com a princesa Constança de Rohan, filha do Duque de Fontenay.
Palácio Ribeira Grande [1935] Rua da Junqueira, 62-78; Travessa Conde da Ribeira Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Não fez grandes obras nas casas da Junqueira o 4.º Conde; foi o 8." Conde e 1.º Marquês da Ribeira Grande, D. Francisco de Sales Gonçalves Zarco da Câmara, quem, no segundo quartel do século passado, reedificou completamente as casas que dos Nizas haviam sido, e aformoseando o palácio exteriormente, no aspecto que hoje se mantém.
O interior deste Palácio não possui hoje cousa alguma de representativo, pois mesmo no tempo da sua aura nobre no século XIX era trivial nas decorações arquitectónicas, posto que valorizado por recheio artístico.»
(ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa: Monumentos históricos, p.53, 1950)
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