Relógio francês originário de Morez du Jura, do final do séc. XIX,
início do séc. XX, da firma Prost Frères “P. F.”, mais tarde adquirida
por Francis Paget et Cie.
No século XX há indicação de que o relógio
do Carmo era importante para a comunidade do pequeno comércio que fazia
da zona o bairro mais chique da cidade. O seu bater de horas regulava o
abrir e fechar de taipais, a ida para almoço de caixeiros e patrões.
Sabe-se que uma associação de comerciantes da Rua do Carmo teve durante
décadas a seu cargo a manutenção do relógio.
in observatoriorelogioshistoricos.blogspot.pt
Praça Dom Pedro IV pelas 10H44 [c.1930] Relógio do Convento do Carmo Eduardo Portugal, in AML |
Eça de Queiroz, ciente da importância do relógio do Convento do Carmo e com o seu bater das horas, que se ouvia claramente no Rossio, refere-se a ele em dois trechos de A Relíquia (1887):
«Ele apertou-me a mão com afecto, e separámo-nos, quando estava a dar a meia-noite no velho relógio do Carmo.»
«[…] Cheguei ao Rossio quando batia uma hora no relógio do Carmo.»
No comments:
Post a Comment