«A Morte do Maximbombo». Era este o título da Ilustração Portuguesa revista semanal editada pelo jornal O Século em 14 de Julho de 1913 — que pode ser lida na íntegra aqui — e continuava: «Morreu o Maximbombo da Estrela! Há mais tempo ele se tivesse sumido, o monstrengo, para dar logar a coisa mais moderna, mais decente. Aquilo era mesmo um monstrengo: pesado, incomodo, infecto e amaldiçoado como um assassino.»
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Calçada do Combro [1913] Joshua Benoliel, in AML |
O engenheiro Mesnier du Ponsard ganhou a concessão do troço do Camões – Estrela – Rua São João dos Bencasados em 1882, mas acabou por passá-la para a Companhia dos Elevadores. Em 14 de Agosto de 1890 entrou em funcionamento a linha do Camões à Estrela, a cargo da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, a mesma mas com novo nome desde 23 de Outubro de 1884.
Era um sistema de transporte público de passageiros em carros tracionados por cabo sem-fim subterrâneo, rodando sobre carris-ranhura encastrados na via pública.
Era um sistema de transporte público de passageiros em carros tracionados por cabo sem-fim subterrâneo, rodando sobre carris-ranhura encastrados na via pública.
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Calçada do Estrela [ant. 1913] Elevador da Estrela com reboque, passando pela A.R. Joshua Benoliel |
Este elevador fora projectado com um troço mais longo, mas nunca foi completado, tendo funcionado somente entre o Camões e a Estrela até 1913. Chamado popularmente maximbombo, acabou por ser substituído pelo carro eléctrico. Os seus carros foram vendidos para barracas de banhos, para barracas de feiras e para casas de guarda no campo.
Praça de Luís de Camões [1913] Joshua Benoliel, in Ilustração Portuguesa |
Praça da Estrela [1913] Voltado à força de braços para mudar de linha Joshua Benoliel, in Ilustração Portuguesa |
Em San Francisco, ainda se utiliza este método para os eléctricos mudarem de linha.
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