«A Calçada do Carmo, que foi Calçadinha do Carmo, rasgou-se na encosta dos
terrenos do Convento, para onde as habitações dos Carmelitas tinham
face poente.É uma rampa, onde de pitoresco - vulgar pitoresco - existe
apenas esse Beco da Ricarda que em cotovelo morre na Rua do Duque.»
(ARAÚJO, Peregrinações em Lisboa, Norberto de, vol. VI, p. 79, 1938)
A «Ginginha»: Calçada do Carmo, 37-A [1945] Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
A «Ginginha» da Calçada do Carmo abre as suas portas em Lisboa em meados dos anos 30, propriedade de Abílio Teixeira. Funcionou desde os anos 30 até aos anos 60 do século passado. Este estabelecimento colocava à disposição dos seus clientes produtos ao gosto dos lisboetas, durante mais de três décadas. Entre eles contam-se o licor de ginja, vinhos, vinhos generosos, e refrescos.
Calçada do Carmo [1945] Calçada do Duque Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
Sobre a origem do topónimo Calçada do Duque e da Rua do Duque afirma o olisipógrafo Luís Pastor de Macedo o seguinte: «A Rua da Condessa de Cantanhede, freguesia do Sacramento, (...) é a actual Rua do Duque, depois de ter sido também designada Rua de D. João Coutinho e Rua dos Galegos. Um fidalgo de primeira plana começa a aglomerar propriedades. É o Conde de Cantanhede, D. Pedro de Meneses, Alferes-mor de D. Manuel, senhor de Tancos e de Atalaia. Compra as casas que Rui de Sousa Cid adquirira a Leonardo Àlvares e, em breve o veremos adquirir outras propriedades próximas, na rua que ia do Postigo para o Carmo, e que veio a chamar-se mais tarde, pelo nome da sua terceira mulher, a Condessa de Cantanhede D. Guiomar. Foi assim que nasceu a rua, sucessivamente chamada de D. João Coutinho, dos Galegos, e do Duque». in «Lisboa de lés-a-lés»
«Café Lisboa-Bar», Calçada do Carmo [1967] Inicio da Calçada do Duque Vasco Gouveia de Figueiredo, in Lisboa de Antigamente |
Junto da Pastelaria,no inverno estava todas as manhãs uma srª a vender fava rica.
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