E aqui temos, da esplanada do ascensor de Santa Justa, um espectáculo de cor, de movimento, uma planificação agitada — um mapa ao vivo — da Lisboa pombalina, da Lisboa que ficou como no século XVII, e da Lisboa moderna. [...]
Do alto do Carmo, na passarelle que serve o ascensor, « entende-se » melhor a Lisboa que nos rodeia Escancara-se; mostra-se como se usássemos uma lupa, aplicada sobre uma planta natural. [Araújo: 1938]
O elevador de Santa Justa — ou do Carmo — foi inaugurado no dia 10 Julho de 1902, sendo um dos dois ascensores verticais da cidade (o ouro era o elevador de S. Julião). O projecto é de Raoul Mesnier du Ponsard. Com 45 metros de altura e integralmente construído em ferro forjado, faz a ligação entre a Rua Áurea, vulgo «do Ouro» e o largo do Carmo. Apresenta-se em estilo neogótico, com decorações em filigrana e foi classificado como monumento nacional em 2002.
Elevador de Santa Justa, a todo o vapor [ant. 1907] Rua de Santa Justa; Largo do Carmo
Paulo Guedes,in Lisboa de Antigamente
|
Movido inicialmente a vapor, passou a ser accionado por energia
eléctrica, em 1907. O transporte dos passageiros é feito por duas
cabines de madeira, cada uma com capacidade para 20 pessoas. A ascensão
por estas cabines dá acesso a um passadiço de 25 metros, que leva os
passageiros até ao Largo do Carmo.
Elevador de Santa Justa, a todo o vapor [entre 1902 e 1907] Rua de Santa Justa; Largo do Carmo
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
|
Fotografía 1: foto original sin ningún retoque.
ReplyDelete