Do segundo arco da ponte, no Largo da Marquesa de Niza, sai-nos a Rua Gualdim Pais, que não é antiga, e, mais a cá, pelo terceiro arco, 0 Beco dos Toucinheiros, que leva ao Alto dos Toucinheiros. Por extranho que te pareça, enfiemos por êle. É urna Vereda mal empedrada, que passa também sob. uma ponte do caminho de ferro. Trepemos.¹
O topónimo deve advir do sítio do Alto dos Toucinheiros, que segundo Luís Pastor de Macedo («Lisboa de Lés-a-Lés», vol. V) é topónimo citado pela 1ª vez em 1765, no Livro V de óbitos de Santa Engrácia mas «Alguns anos antes, porém, apontam-se já as casas dos Toucinheiros».
Neste arruamento foi fundada em 1854 a Fábrica de Fiação de Xabregas, perto da secular Fonte da Samaritana, no Beco dos Toucinheiros, razão porque a Fábrica também era conhecida como fábrica da Samaritana ou fábrica do Black em referência ao engenheiro fundador, Alexandre Black. Em 1858 passou a pertencer à Companhia da Fábrica de Algodões. Neste contexto não se estranhará que nesta artéria exista também o Pátio do Black.²
Beco dos Toucinheiros, ao fundo vê-se Xabregas [1938] Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
¹ ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XV, p. 58, 1939.
² cm-lisboa.pt.
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