No início do século XX, no piso térreo do Palácio dos Condes de Lumiares, virado à Rua de S. Pedro de Alcântara, estavam aqui instaladas a Cervejaria Germânia e a Vacaria (leitaria) Bijou, vizinhos improváveis, diria. Mais tarde, entre os anos 1970 e 1990, funcionou aqui o bar Gingão.
Fica o palácio defronte da Calçada da Glória — recorda Júlio de Castilho — , na Rua de S. Pedro de Alcântara, e forma o quarteirão emoldurado entre essa rua, a do Diário de Noticias (antiga dos Calafates), as Travessas da Boa Hora, e da Água-da-Flor. Já se vê que é uma vasta mole, imponente pela sua arrogante extensão; é também, no seu tanto, pela sobriedade e nobreza das linhas, espécime bem conservado da arquitectura particular lisbonense do século XVIII no seu principio.
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| Rua de S. Pedro de Alcântara [c. 1908] Baixos do Palácio Lumiares Joshua Benoliel,in Lisboa de Antigamente |
Nota(s): Na viragem para o actual século, encontrava-se já devoluto, tendo sofrido uma enorme derrocada em 2003, ao ponto de apenas se ter mantido a sua fachada. O projecto de transformação num hotel vem de 2007, mas esbarrou nas dificuldades financeiras dos anteriores proprietários, que o venderam aos novos donos (Q&P) em Abril de 2014. Embora o edifício tenha sido adquirido com uma licença de construção válida, os actuais proprietários pretendem melhorar o projecto e alterar o conceito, de hotel para, hotel de apartamentos 5*. O projecto agora prestes a arrancar recebeu o visto camarário em Setembro passado.
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