Criada por Alvará de 24 de Dezembro de 1768, a Impressão Régia, também
chamada Régia Oficina Tipográfica, só a partir de 1833 passou a ser
designada Imprensa Nacional.
Para dar início à sua laboração, foi adquirida a oficina tipográfica de Miguel Manescal da Costa e o palácio de D. Fernando Soares de Noronha,
à Cotovia, na então Rua Direita da Fábrica das Sedas, quase defronte do
Colégio dos Nobres [actual Escola Politécnica], mas com entrada pela
Travessa do Pombal, actual Rua da Imprensa Nacional. O palácio foi
comprado em 1816, pelo preço de 18 contos de réis. Em 1895, o velho
edifício, considerado inadequado para as necessidades de um
estabelecimento fabril em contínuo desenvolvimento, começou a ser
demolido, para dar lugar ao actual. A obra, que decorreu por fases,
ficou concluída em 1913.
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Imprensa Nacional em construção, não existindo ainda a fachada principal virada à Rua da Escola Politécnica, como se pode ver nesta foto de 1911. Joshua Benoliel, in AML |
À Impressão Régia foi, nos termos do Alvará de 1768, «unida a fabrica
dos caractéres que até agora esteve a cargo da Junta do Commercio»,
fundada em 1732 por Jean de Villeneuve. Este francês viera para Portugal
chamado por D. João V para ensinar a sua arte. Foi-lhe cometida a
«continuação do ensino de aprendizes da mesma fabrica de letra, para que
não faltem no reino os professores desta utilissima arte».
[...]
Mais
tarde, entre 1802 e 1815, teve este cargo o célebre gravador Francesco
Bartolozzi, chamado a Lisboa pelo então presidente do Real Erário, D.
Rodrigo de Sousa Coutinho.
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Rua da Escola Politécnica, 135-137 [post. 1913] [Rua do Noronha; Rua da Imprensa Nacional] Joshua Benoliel, in AML |
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