Em 1900 estava em adiantada fase de edificação o que vem a ser
denominado o Palacete Seixas situado num talhão de grande área de
terreno na extremidade direita da Avenida da Liberdade, a contornar a Praça Marquês
de Pombal e com acesso na retaguarda pela Rua Rodrigues de Sampaio. O projecto, de que se desconhece o autor, teve como primeiro responsável
Alberto Pedro da Silva e, posteriormente, Guilherme Francisco Baracho.
A
promotora de construção foi D. Carmen Grazilla Castilho da Rocha, mas
já em 1908 ele é vendido ao industrial Carlos Seixas (l873-?) – homem de
cultura e mecenas de muitos artistas como Sousa Pinto, Carlos Reis,
Columbano, Falcão Trigoso, Silva Porto, José Malhoa, entre muitos outros
– que promove, nos primeiros anos, algumas alterações: uma garagem com
entrada pela Rua Rodrigues Sampaio, n.º 113, um galinheiro e uma estufa. É
de admitir que estaria praticamente concluída naquela data.
Palacete Seixas |post. 1908| Avenida da Liberdade, 270; Praça do Marquês de Pombal, 18 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
A elegância dos tramos marcados pelas duplas pilastras terminadas no primeiro andar por capitais compósitos, o par de janelas de volta perfeita geminadas, que se abrem de cada lado do gaveto e os óculos iluminantes abertos na cobertura amansardada configuram-lhe uma matriz classicizante de sintaxe arquitectónica com ressonância no ecletismo francês do final do séc. XlX.
O mirante que lhe rematava a clarabóia central na sua configuração de minarete islâmico é dissonante à estrutura arquitectónica, mas a sua estilização de coreto em miniatura, assentava com aceitável leveza e registo poético no remate geométrico da cobertura. Em Setembro de 1948, um violento incêndio destrói parcialmente o 2.º andar, o sótão e a cobertura.
É desde 1997 propriedade do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e alberga o «Instituto Camões». Integra a Zona da Avenida da Liberdade que se encontra Em Vias de Classificação.
É desde 1997 propriedade do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e alberga o «Instituto Camões». Integra a Zona da Avenida da Liberdade que se encontra Em Vias de Classificação.
Enquadramento do Palacete Seixas na Praça Marquês de Pombal, 18 |1934| Praça do Marquês de Pombal, 18; Avenida da Liberdade, 270 Pinheiro Correia, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
TEIXEIRA, José de Monterroso, Rotunda do Marquês:«a cidade em si não cabia já» ou a monumentalidade (im)possível, 2002.
instituto-camoes.pt
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Bom dia! É possível indicar-me onde poderei pedir para publicar, no site A Casa Senhorial, a fotografia do palacete de c. 1908? O meu e-mail é elias.margarida@gmail.com Obrigada!
ReplyDeleteNão sei se bem entendi o que pretende. Quer uma cópia da imagem para publicar num outro sitio, é isso?
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