Sunday, 16 August 2015

Praia das Maçãs (Eléctrico de Sintra)

Segundo a tradição, o nome desta praia teve origem nas maçãs que desaguavam no areal, caídas de maduras nas águas da Ribeira de Colares, depois desta atravessar os pomares de macieiras. Entre os moradores que por ali habitaram as primeiras casas no séc. XIX, contava-se o pintor, escritor e compositor Alfredo Keil (1850-1907), autor do hino nacional A Portuguesa.
A ideia de ligar Sintra a Colares e, posteriormente, à Praia das Maçãs, surgiu em 1886. Durante vários anos foram feitas sucessivas tentativas para a concretização deste projecto que fracassaram uma a uma. 
Só em Novembro de 1898 foi dado um passo de gigante, quando a Câmara Municipal de Sintra concedeu a Nunes de Carvalho e Emídio Pinheiro Borges, pelo prazo de 99 anos, a concessão para construir e explorar um caminho de ferro a vapor entre Sintra e a Praia das Maçãs, mais tarde substituída pela tracção eléctrica.
 
Praia das Maçãs [c. 1951]
António Passaporte, in Lisboa de Antigamente

Em Julho de 1900 é constituída a Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs que, em 1904, passou a denominar-se Companhia Cintra ao Oceano.
Em Agosto de 1902, na zona da Estefânia, começou a construção desta linha e em Março de 1903, são encomendados à firma americana J. G. Brill Company, 13 eléctricos, sendo sete carros motores e seis atrelados.
A 31 de Março de 1904 é aberto o primeiro troço desta linha, entre Sintra (Vila Velha) e São Sebastião de Colares, numa extensão de 8,900 metros e a 10 de Julho do ano seguinte, é aberto o troço até à Praia das Maçãs, numa extensão de 3,785 metros
 
Eléctrico que fazia o percurso de Sintra à Praia das Maçãs
«Cintra ao Oceano»
[post. 1904]
Fotógrafo não identificado, iin Lisboa de Antigamente

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