Rato foi e Rato é — diz Norberto de Araújo; só os dísticos municipais e os letreiros dos eléctricos dizem Praça do Brasil, titulo pomposo com o qual a República portuguesa nascente em 1910 quis consagrar a República irmã mais velha de Além Atlântico.[...]
De um padroeiro [Luís Gomes de Sá e Meneses], do Convento das freiras da Santíssima Trindade [Convento das Trinas] se trespassou para a casa religiosa e para o sítio do seu eirado o nome de «Rato», que era um cognome, quási apelido pessoal.
Largo do Rato, do poente para o nascente [1929] Antiga Praça do Brasil, antes Largo do Rato, antes Rua do Rato, antes Rua Direita do Rato Esquina com a Rua de S. Bento; ao fundo, a Rua do Salitre e, à esq., por detrás doa edifícios marcados para demolição, vê-se o o Palácio do Marquês da Praia e Monforte (actual sede do P.S.). Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Já antes do Terramoto o Largo do Rato crescia em póvoa, em tumulto de tendas ao ar livre, e algum casario; (...) Depois do cataclismo, o sítio converteu-se em acampamento de foragidos, de tal modo que, em 1759, se determinou dar ao eirado ou largo a forma urbanística que perdurou até 1937; abriram-se depois, em rectificação de caminhos entre quintas, a Rua da Fábrica da Louça [Calçada Bento da Rocha Cabral], a Praça das Amoreiras, e a Rua de S. Filipe Nery, esta mais tardia.
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto deo, Peregrinações em Lisboa, vol. XI, pp. 11-12, 1939.
criaram um espaço para carros não para as pessoas
ReplyDeleteE hoje é ao contrário. Parece que é proibido circular de carro mas de avião, não há problema, não polui.
ReplyDeleteMuito obrigado pela lição de história e parabéns pelo vosso trabalho.
ReplyDelete