A Loja das Meias surgiu há mais de 100 anos, na esquina do Rossio com a Rua Augusta e durante muito tempo vendia somente meias e espartilhos. A história da Loja das Meias confunde-se muito naturalmente com a história da cidade de Lisboa. O local onde se situa o seu primeiro estabelecimento, no gaveto do Rossio com a Rua Augusta, tem sido o palco espontâneo do pulsar da capital. Todos os grandes acontecimentos, desde as visitas dos Chefes de Estado às manifestações políticas e sociais passaram à porta da Loja das Meias.
Loja das Meias [1917] Rua Augusta, 1-3; Praça Dom Pedro IV, 291-295 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Em 1925 ampliado o espaço por ocupação do primeiro andar, instalado o 1.º elevador em estabelecimentos comerciais e rasgadas as montras, introduzido o conceito de montra temática. Surgem os concursos de montras em que a Loja das Meias ganha numerosíssimos prémios.
Em 1938 realizaram-se obras de
modernização da loja, sob o risco do arq.º Raúl Lino e colaboração dos artistas plásticos mais famosos da época, tais como Fred Kradofer e Tomás de Mello, são remodeladas as fachadas exteriores, ampliada a Loja e criadas novas secções, sendo considerado então o mais «parisiense» e luxuoso do Rossio.
Loja das Meias [1917] Rua Augusta, 1-3; Praça Dom Pedro IV, 291-295 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Com o advento da 2.ª Guerra Mundial passaram por Lisboa, e são clientes da Loja das Meias, personalidades como Primo de Rivera, Duque de Windsor, Elsa Schiaparelli, Jean Renoir, Guillermina Suggia, Barão de Rotschild, rei Humberto de Itália, Carol da Roménia, entre outros.
Loja das Meias [c. 1939] Rua Augusta, 1-3; Praça Dom Pedro IV, 291-295 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
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