«E lá está em cima, a18 metrosde altura [27.5m], no bronze «eterno», D. Pedro IV, em general, cobertos os ombros pelo «régio manto», cabeça coroada de louros.»
O primeiro projecto de um monumento no Rossio — em louvor da Constituição — data de 1820, havendo sido lançada a pedra fundamental em 15 de Setembro de 1821; não prosseguiu. O segundo, que ainda deu um famoso «Galheteiro» — que algum tempo ocupou lugar — teve a primeira pedra em 8 de Julho de 1852, não andou por diante, e foi demolido em. 1864.
Praça Dom Pedro IV e o Galheteiro |c. 1863| |
Finalmente em 29 de Abril de 1867, a esforços de uma comissão de que
fizeram parte o Duque de Palmela, os Marqueses de Sá da Bandeira e de
Sousa Holstein, o Conde de Farrobo, os Viscondes de Benagazil e de
Menezes, lançou-se a primeira pedra para o monumento que aqui vês, inaugurado três anos depois, a 29 de Abril de 1870, com extraordinária solenidade.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, pp. 67-68, 1939)
O primeiro monumento a D. Pedro IV, apelidado de "o galheteiro" pelos lisboetas |entre 1852-1864| in Lisboa de Antigamente |
Praça Dom Pedro IV no dia do casamento do rei Dom Luis, tendo sido
colocada ao centro uma coluna evocativa |1870| in Lisboa de Antigamente |
Apesar das várias intenções de erigir um monumento a D. Pedro IV, é apenas em 1867 que é lançada a primeira pedra para a sua construção. Dos oitenta e sete projectos apresentados para o Rossio, espaço privilegiado da história política e social, e em resposta ao concurso internacional foi seleccionado o do escultor Elias Robert e do arquitecto Gabriel Davioud. Sobre um plinto quadrangular, desenvolvem-se
no encosto dos seus vértices quatro figuras femininas ilustrativas das
qualidades do monarca. A Fortaleza, simbolizada no leão que touca a
figura de braços cruzados, descaindo para além dos ombros as patas de
uma pele abandonada; a Justiça, representada na figura que repousa o
braço direito na verticalidade da espada, defende e castiga com a mesma
mão com que segura a balança, julgando; a Moderação, patenteada na
ampulheta que divide o tempo em rigor e exactidão; e a Prudência
resguardada no manto que a cobre na quase totalidade e no espelho que
repousa na sua mão esquerda sobre o colo, ornamentado por uma serpente
desenrolada, sinónimo de reflexão.
O plinto decorado com os escudos de dezasseis cidades, recebe a coluna com caneluras, revestida na sua base por quatro Famas. No topo, sobre o capitel coríntio, ergue-se majestática a estátua de bronze do monarca, coroado de louros e protegido pelo manto da realeza, expõe na sua mão direita a Carta Constitucional. Vitorioso nas lutas liberais perante os absolutistas, projecta na elevada altura da peça a soberania, submetendo ao seu domínio a cidade iluminista que nasceu do poder absoluto e esclarecido, cerca de cem anos antes. O olhar real estende-se para além dos telhados da baixa pombalina, alcançando o horizonte que se interrompe no rio, junto à Praça do Comércio, rivalizando dois monarcas e dois entendimentos políticos. A peça concebida para o Rossio determina, à data, uma nova denominação toponímica, doravante Praça D. Pedro IV. Este espaço urbano arroja no monumento ao monarca, a majestade e a intangibilidade, signo de eloquência entre tempo passado e presente, aglutinador de convivências que se consubstanciam na sobreposição da antiga à nova designação. (cm-lisboa.pt-Maria Bispo]
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Thanks a lot!
Outros tempos, trabalhos a sério. Agora é sô tijolos e pladuro nada a ver como o antigamento, parabéns para o bloguero com estas lindas fotos. Um abraço de um desconhecido.
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