É simpático este Jardim, que evoca hoje na sua placa de mármore o grande mestre da pintura olisiponense que foi Roque Gameiro.
A Estação da Parceria dos Vapores Lisbonenses ainda rudimentar, deve dizer-se — data neste sitio de 1904 e substitui uma primitiva ponte, com seu barracão, e cujos restos ainda ali vês, cem metros a nascente, junto ao terreno marginal das «carreiras» do antigo Arsenal de Marinha. [Araújo, XIII, 1939]
Assim chamado a partir de 1934, e apesar das dimensões reduzidas é possível aqui encontrar alguns exemplares de lódão, jacarandá e tipuana. Nas imediações do jardim existem dois quiosques, um dos quais [em cima à dir.] merece destaque devido à peculiaridade da sua arquitectura — apresenta seis painéis de azulejos Arte Nova, datados de 1915, da autoria de José Pinto. Ao centro do jardim, encontra-se a escultura do pescador «Ao Leme», de Francisco Santos.
Jardim Roque Gameiro, Praça Duque da Terceira [c. 1940] Estação fluvial 'Parceria dos Vapores Lisbonenses' (dir.). Eduardo Portugal. in Lisboa de Antigamente |
Concebida em 1913, foi
inaugurada em 1915. Pensou-se inicialmente em colocar ali a estátua de
Camões, mas em seu lugar ficou esta obra de Francisco Santos, decisão
que foi tomada depois do aterro ter sido concluído até ao local onde o
rio corre actualmente.
Jardim Roque Gameiro, Praça Duque da Terceira [entre 1930 e 1940] Ao centro, a Estátua «Ao Leme» Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente |
De realçar a boa qualidade figurativa que
apresenta a obra, assim como o forte sentido de movimento que o tema
exibe: a força física do marinheiro firmada na orientação do leme deixa
antever a determinação do homem perante os caprichos do rio, ainda
selvagem, cruzado até épocas recentes à força de braços. Ali subjacente
está o tema do confronto do homem face ao ímpeto dos elementos,
personificados pela inclemência do Tejo. (lisboapatrimoniocultural.pt)
No comments:
Post a Comment