Monday, 21 December 2015

Jardim Roque Gameiro

É simpático este Jardim, que evoca hoje na sua placa de mármore o grande mestre da pintura olisiponense que foi Roque Gameiro.
A Estação da Parceria dos Vapores Lisbonenses ainda rudimentar, deve dizer-se — data neste sitio de 1904 e substitui uma primitiva ponte, com seu barracão, e cujos restos ainda ali vês, cem metros a nascente, junto ao terreno marginal das «carreiras» do antigo Arsenal de Marinha. [Araújo, XIII, 1939]

Assim chamado a partir de 1934, e apesar das dimensões reduzidas é possível aqui encontrar alguns exemplares de lódão, jacarandá e tipuana. Nas imediações do jardim existem dois quiosques, um dos quais [em cima à dir.] merece destaque devido à peculiaridade da sua arquitectura — apresenta seis painéis de azulejos Arte Nova, datados de 1915, da autoria de José Pinto. Ao centro do jardim, encontra-se a escultura do pescador «Ao Leme», de Francisco Santos.

Jardim Roque Gameiro, Praça Duque da Terceira [c. 1940]
Estação fluvial 'Parceria dos Vapores Lisbonenses' (dir.).
Eduardo Portugal. in Lisboa de Antigamente

Concebida em 1913, foi inaugurada em 1915. Pensou-se inicialmente em colocar ali a estátua de Camões, mas em seu lugar ficou esta obra de Francisco Santos, decisão que foi tomada depois do aterro ter sido concluído até ao local onde o rio corre actualmente.

Jardim Roque Gameiro, Praça Duque da Terceira [entre 1930 e 1940]
Ao centro, a Estátua «Ao Leme»
Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente

De realçar a boa qualidade figurativa que apresenta a obra, assim como o forte sentido de movimento que o tema exibe: a força física do marinheiro firmada na orientação do leme deixa antever a determinação do homem perante os caprichos do rio, ainda selvagem, cruzado até épocas recentes à força de braços. Ali subjacente está o tema do confronto do homem face ao ímpeto dos elementos, personificados pela inclemência do Tejo. (lisboapatrimoniocultural.pt)

Jardim Roque Gameiro, Praça Duque da Terceira [1945]
Estátua «Ao Leme»
Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente

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