Seguindo a estr. de Benfica, vai-se ter às antigas portas fiscais e por aí é o caminho para a Amadora e Queluz. [Proença: 1924]
Os vários edifícios construídos ao longo da circunvalação da cidade
destinavam-se a albergar unidades da Guarda Fiscal que cobravam o «Real
da Água», isto é, impostos sobre o consumo de vários géneros alimentares
que entravam e saíam dos limites físicos da cidade.
Os Castelinhos das Portas de Benfica [1970] Estrada de Benfica/Estrada Militar Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
O nome «Real da Água» foi herdado dos impostos semelhantes que, no «Antigo Regime», eram cobrados com carácter extraordinário para fazer face a despesas de construção de aquedutos e chafarizes.
Foi esta uma das formas de financiamento da construção do Aqueduto Geral das Águas Livres e a sua cobrança prolongada em Lisboa, acabou por transformar este imposto temporário em permanente. O imposto eram particularmente pesado sobre as bebidas alcoólicas e, até à sua extinção em 1922, eram frequentes os episódios de contrabando de álcool nas barreiras da cidade.
Os Castelinhos das Portas de Benfica [1970] Antigo posto da polícia de trânsito; Estrada de Benfica/Estrada Militar Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
O projecto, de autor desconhecido, data de 1886. Construidas em estilo neogótico, com ameias inspiradas nos castelos medievais, as Portas de Benfica foram recentemente requalificadas e reinseridas num arranjo paisagístico que conciliou a moderna rede viária com estes últimos sobreviventes dos antigos postos da Guarda Fiscal. (cm-amadora.pt)
Os Castelinhos das Portas de Benfica [1970] Antigo osto da polícia de trânsito; Estrada de Benfica/Estrada Militar] Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
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1970 eu tinha 5 anos de idade e vivia no Bairro Girassol. A destruição da verdadeira Portas de Bengica começou quando os retornados das colónias alojaram-se na linha de fronteira de Portas de Benfica e Venda Nova. Penso que parte dessa linha era campo militar.
ReplyDeleteGostaria de saber mais sobre o assunto, alguém pode indicar algum conteúdo que detalha. Meu interesse é na questão se havia segregação social e se tinha esse viés na construção desse edifício.
ReplyDeleteO artigo diz tudo. Era um ponto de fiscalização e funcionava como alfândega. Até meio do século Xx era normal haver barreiras internas à livre circulação de mercadorias como forma de cobrar impostos, até porque o conceito de imposto sobre rendimento é algo que só é possível quando as administrações públicas modernas centralizadas emergiram. Não tem nada que ver com segregação social.
DeleteJá vivi aino castelo do lado direito a caminho para a venda nova velha..o meu avô estava por conta desse lado nos anos 70.
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