O Café Chave d’Ouro — um dos maiores
cafés da capital no seu tempo — foi fundado em 1916 e conquistou a
preferência dos lisboetas. Na fachada ostentou cerca de 20 anos um anjo
esculpido em pedra de lioz e ferro, projecto da responsabilidade de
Fausto Fernandes, passou depois a um estilo mais moderno quando da
remodelação em 1936, dirigida pelo arquitecto Norte Júnior.
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Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [c. 1930] Enquadramento, lado ocidental do Rossio Estúdio Mário Novais, in Lisboa de Antigamente |
Nas décadas de 40 e 50, o Café Chave d’Ouro fazia parte do quotidiano dos intelectuais e oposicionistas ao regime de Salazar. Ai se realizou a conferência de imprensa que lançou a candidatura de Humberto Delgado à presidência, em Maio de 1958. Respondendo à pergunta do correspondente da «France Press» sobre que destino daria ao dr. Oliveira Salazar caso ganhasse as eleições, proferiria a histórica frase: «Obviamente, demito-o!»
Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [c. 1930]
Anote-se o anjo esculpido em pedra de lioz e ferro, projecto de
Fausto Fernandes.
Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente
Anote-se o anjo esculpido em pedra de lioz e ferro, projecto de
Fausto Fernandes.
Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente
(clicar para ampliar)
Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [c. 1930]
Fotografo desconhecido, iin Lisboa de Antigamente
Fotografo desconhecido, iin Lisboa de Antigamente
Diz-se que Salazar mandou fechar o café no ano seguinte (1959), pois acreditava que este era um centro de «ódio e dissolução».
Em 1916 foi construído o Café Chave d'Ouro. Já tinha sido uma
pastelaria durante o período sidonista. O café era o "habitat" dos
não-democráticos. Nele se lia o câmbio do dia, e, quando as lojas
fechavam, os comerciantes reuniam-se na cave do café.» (in Rocio/Rossio, Terreiro da Cidade)
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Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [post. 1936] Frontaria após remodelação em 1936. Fotografia anónima, in Lisboa de Antigamente |
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Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [1941] Galeria; relógio de parede Kurl Pinto, in Lisboa de Antigamente |
O Café Chave d'Ouro é «jovem» relativamente; fundou-o em 1916 uma «chave d'Ouro» sociedade de que faziam parte, entre outros, Marcelino Correia e Soares Correia, mas logo no ano seguinte pertencia a Joaquim Albuquerque, o actual proprietário do «Nicola». [...] a grande e radical renovação do estabelecimento e do prédio data de 1936, levada a efeito pelo «Café Chave d'Ouro, SARL». [Araújo: 1939]
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Café Chave d'Ouro, Praça Dom Pedro IV [1941] Bar; relógio de parede Kurl Pinto, in Lisboa de Antigamente |
TRABALHEI NO CHAVE DE OURO,EM 1957,COMO MANDARETE, E COM O ELEVADOR QUE IRIA PARA O ANDAR DE BILHARES ,SALÃO DE CHÁ COM MUSICA E BOITE.
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