A vida da época, em Lisboa, por volta de 1870, processava-se predominantemente nas ruas, à custa dos estratos sociais mais baixos: o proletariado e a pequena burguesia.
A grande burguesia e os aristocratas pouca vida de rua faziam. Frequentavam antes os botequins, considerados muito caros já na altura. Foi, pois, com aqueles «alfacinhas» que os Quiosques começaram a proliferar aqui e além, nos pontos mais movimentados da cidade: no Rossio - como em todos os Rossios — , no Passeio Público — depois da Avenida da Liberdade — , na zona ribeirinha, nos jardins e noutros locais da Lisboa antiga, igualmente centrais, onde fervilhava a vida.
Era em redor do balcão destas casinhas que os Lisboetas conversavam e bebiam, amenizando um dia de trabalho, à ida ou à vinda do emprego, antes de irem para casa, ou aos domingos e dias festivos em descuidados passeios com a família. [Caeiro: 1987]
Quiosque Tivoli |c. 1940| Avenida da Liberdade Ferreira da Cunha, in Lisboa de Antigamente |
Estrutura
Base quadrangular, com as faces decoradas. Balcão todo à volta. Corpo com janelas de taipais de correr, encimadas por um semicírculo envidraçado. Cúpula quadrangular aos gomos terminando com um pequeno zimbório, decorado com lâmpadas esféricas. Protecção com bordos trabalhados recortados para cima. Toldo de lona curto todo à volta.
Particularidades
Particular. Muito procurado pela lotaria e pelos jornais. Foi inaugurado em 1925 pelo Diário de Notícias. Deve o nome ao cinema inaugurado um ano depois.
Quiosque Tivoli |1981| Avenida da Liberdade José Neves Águas, in Lisboa de Antigamente |
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