Construído em 1705 a partir do financiamento de D. Catarina de
Bragança, filha de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, funcionou até
1755 nesse espaço conventual o colégio de formação dos Jesuítas, tomando
o nome de colégio de São Jorge de Arroios.
Resistiu ao terramoto de 1755 mas não à expulsão dos Jesuítas em 1759, altura em que Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal (1769), determinou a ocupação do convento pelas freiras Concepcionistas Franciscanas, ficando o espaço a ser conhecido por convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios.
Resistiu ao terramoto de 1755 mas não à expulsão dos Jesuítas em 1759, altura em que Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal (1769), determinou a ocupação do convento pelas freiras Concepcionistas Franciscanas, ficando o espaço a ser conhecido por convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios.
Panorâmica do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios [s.d.] Ao longe, o cabeço da Penha de França Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
O convento ficou devoluto em 1890, ano em que morreu a última freira e em 1892, o Estado decidiu que o seu espaço fosse convertido em hospital e ficasse sob a administração do Hospital Real de São José. Foi então determinado que funcionasse um hospital de isolamento para doentes com peste bubónica, cólera, varíola, lepra e tuberculose.
Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios [séc. XIX] Rua Quirino da Fonseca, antiga Estrada de Sacavém Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
A partir de 1898, o antigo convento tomou o nome de Hospital Rainha Dona Amélia e destinou-se somente ao tratamento e prevenção da tuberculose, para em 1911 após a Implantação da República se passar a chamar Hospital de Arroios. Funcionou até 1993, altura em que foi definitivamente desactivado, encontrando-se actualmente devoluto.
Hospital de Arroios [1961] Avenida Almirante Reis; Praça do Chile Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
A fachada principal da igreja, desenvolvida em 3 andares, rasgada por
portal armoriado com as armas de Portugal e Inglaterra, é rematada por
uma estrutura tripartida de frontão axial com nicho exibindo a imagem de
Nª Senhora da Conceição, ladeada por duas torres sineiras.
Igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Arroios [c. 1930] Rua Quirino da Fonseca, antiga Estrada de Sacavém Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Foi na igreja do convento que permaneceram os restos mortais do Marquês de Pombal trasladados do convento de Santo António de Coimbra, antes de serem transportados para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês.
(SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, 1994, pp. 93, 441-442)
Igreja (Hospital) de Nossa Senhora da Conceição de Arroios, brasão [1964] As armas que sobrepujam o pórtico são as da Rainha protectora D. Catarina.de Bragança. F. Gonçalves, in Lisboa de Antigamente |
O Colégio era dedicado a Nossa Senhora da Nazaré, não a São Jorge.
ReplyDeletehttp://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3187
Em 2004:
ReplyDelete«O antigo Hospital de Arroios, na Praça do Chile, em Lisboa, foi comprado por uma imobiliária do grupo Fibeira, de Armando Martins, que apresentou na câmara um projecto de construção nova, para um condomínio com habitação e comércio, mas a autarquia não aprovou tal pretensão.O projecto, da autoria do atelier de arquitectura Ideias do Futuro, de Miguel Correia - arquitecto que está a trabalhar para a Câmara de Lisboa como coordenador da revisão do PDM -, previa a demolição quase total do edifício, à excepção da igreja, que seria recuperada e integrada no empreendimento, com um valor total estimado em 12,5 milhões de euros. Previsto estava um condomínio que fecharia o quarteirão, com nove blocos de construção nova (uns com seis pisos, outros com sete e um outro, de remate da fachada da Praça do Chile, com oito), nele se erguendo 148 fogos para habitação, com 17 lojas nos pisos térreos dando para um pátio interior e três pisos de estacionamento em caves (437 lugares, 131 dos quais de utilização pública).A pretensão dos promotores - a imobiliária Imofrança, do grupo Fibeira - foi indeferida anteontem pela vereadora Eduarda Napoleão, responsável pelo licenciamento urbanístico, que concordou com os fundamentos do parecer desfavorável dado pelo Núcleo de Estudos do Património (NEP) da câmara. »
http://www.publico.pt/local-lisboa/jornal/demolicao-do-antigo-hospital-de-arroios-indeferida-pela-camara-de-lisboa-185722
Infelizmente em 2005:
ReplyDelete«'A Câmara Municipal de Lisboa aprovou recentemente a demolição quase integral do antigo Hospital de Arroios, à Praça do Chile, onde uma empresa imobiliária do grupo Fibeira, de Armando Martins, irá construir um empreendimento de habitação e comércio, com perto de 150 apartamentos.»
http://www.publico.pt/local/noticia/camara-aprova-demolicao-do-hospital-de-arroios-1215500
Sobre este nosso património a demolir por decisão da CM. de Lisboa, pode saber-se mais aqui:
ReplyDeletehttp://cidadanialx.blogspot.pt/2008/08/antigo-hospital-de-arroios-em-degradao.html