Desconhece-se a data em que a Travessa de São Bartolomeu, com início na
Rua da Torre e fim na Rua do Chão da Feira, foi fixada na memória da
freguesia de Santiago, mas dada a proximidade estará relacionada com a
antiga Rua de São Bartolomeu que na época da vereação republicana viu a
sua denominação alterada para Rua Bartolomeu de Gusmão.
O topónimo perpetua a recordação da desaparecida Igreja de S. Bartolomeu, construída em 1168, reedificada em 1707 e destruída pelo Terramoto de 1755.
O topónimo perpetua a recordação da desaparecida Igreja de S. Bartolomeu, construída em 1168, reedificada em 1707 e destruída pelo Terramoto de 1755.
Travessa de São Bartolomeu |1903| Vista da Rua do Chão da Feira Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
De acordo com o olisipógrafo Norberto de Araújo («Peregrinações em Lisboa, vol. II, p. 66) «Aqui nestas antiga Rua da Laje e Rua da Tôrre existiu
um Seminário de Santa Catarina, fundado em 1566 pelo Cardeal D.
Henrique, e que deu o nome a uma rua desaparecida.»
Travessa de São Bartolomeu |1949| Vista da Rua do Chão da Feira; Seminário de Santa Catarina Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Em 1393, Lisboa foi elevada a metrópole eclesiástica, sendo seu primeiro arcebispo D. João Anes. Ficaram-lhe sufragâneas várias dioceses portuguesas do centro e sul, a que se juntaram outras, ultramarinas, no século seguinte. No século XVI, o cardeal D. Henrique, arcebispo de Lisboa, aplicou na diocese os decretos reformadores do Concílio de Trento, devendo-se-lhe, nomeadamente a fundação do seminário diocesano de Santa Catarina em 1566. Era um estabelecimento modesto e os seus alunos frequentavam as aulas do grande colégio jesuíta de Santo Antão.
Travessa de São Bartolomeu |1949| Seminário de Santa Catarina Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
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