Monday, 16 November 2015

Travessa de São Bartolomeu

Desconhece-se a data em que a Travessa de São Bartolomeu, com início na Rua da Torre e fim na Rua do Chão da Feira, foi fixada na memória da freguesia de Santiago, mas dada a proximidade estará relacionada com a antiga Rua de São Bartolomeu que na época da vereação republicana viu a sua denominação alterada para Rua Bartolomeu de Gusmão.
O topónimo perpetua a recordação da desaparecida Igreja de S. Bartolomeu, construída em 1168, reedificada em 1707 e destruída pelo Terramoto de 1755.

Travessa de São Bartolomeu |1903|
Vista da Rua do Chão da Feira

Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

De acordo com o olisipógrafo Norberto de Araújo («Peregrinações em Lisboa, vol. II, p. 66) «Aqui nestas antiga Rua da Laje e Rua da Tôrre existiu um Seminário de Santa Catarina, fundado em 1566 pelo Cardeal D. Henrique, e que deu o nome a uma rua desaparecida.»

Travessa de São Bartolomeu |1949|
Vista da Rua do Chão da Feira; Seminário de Santa Catarina

Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Em 1393, Lisboa foi elevada a metrópole eclesiástica, sendo seu primeiro arcebispo D. João Anes. Ficaram-lhe sufragâneas várias dioceses portuguesas do centro e sul, a que se juntaram outras, ultramarinas, no século seguinte. No século XVI, o cardeal D. Henrique, arcebispo de Lisboa, aplicou na diocese os decretos reformadores do Concílio de Trento, devendo-se-lhe, nomeadamente a fundação do seminário diocesano de Santa Catarina em 1566. Era um estabelecimento modesto e os seus alunos frequentavam as aulas do grande colégio jesuíta de Santo Antão.

Travessa de São Bartolomeu |1949|
Seminário de Santa Catarina

Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

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