Em 1838, nos edifícios da, agora, «Universidade Lusófona», é inaugurada a «Lusitânia», também conhecida por «Fábrica de Lanifícios do Campo Grande», criada por Aniceto Ventura Rodrigues.
A «Lusitânia», empresa de cardação, fiação, tecidos e
acabamentos, nasce assim em plena revolução industrial. Em 1848 já era
uma das maiores fábricas de Lisboa, precursora da mecanização na
indústria de lanifícios
em Portugal, possuía uma máquina a vapor de 24 cavalos, empregava mais
de 150 funcionários e dava trabalho a mais de 450 operários fora da
fábrica, o que a colocava entre as 50 maiores empresas do país, em
número de trabalhadores.
Desactivada na década de 1920. Nos anos 30 os edifícios foram convertidos em instalações militares. Em 1995-96, a Universidade Lusófona começa a leccionar no edifício
Feira de gado no antigo Campo 28 de Maio [c. 1914]
Igreja dos Santos Reis Mago Charles Chusseau-Flaviens, in George Eastman House (local não identificado pelo fotógrafo) |
A Feira-mercado do Campo Grande que, no século XIX, chegou a ser um acontecimento importante na vida de Lisboa, era, ao contrário da maior parte das outras feiras, de fundação relativamente recente, criada, por autorização camarária datada de 1778. A Feira do gado que lhe andava ligada realizava-se na faixa oriental, entre a Igreja dos Santos Reis Magos e a Fábrica de Tecidos Lusitânia. Nela eram transaccionados bois, cabras, cavalos, jumentos, carneiros e gado suíno. Foi transferida para o Lumiar em 1902,
transitando depois para o Campo Pequeno, voltando novamente ao Campo
Grande. Em 1932, foi de novo para o Lumiar até à data da sua extinção.
Feira de gado no antigo Campo 28 de Maio [c. 1914] Charles Chusseau-Flaviens, in George Eastman House (local não identificado pelo fotógrafo) |
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