O sítio é feio, desagradável, sem pitoresco, ainda que com significação bairrista, nos seus cafés de tipo antigo, botequins e tavernas de peixe frito, durante o século passado de fama equivoca.
Esta zona na antiga freguesia do Socorro fazia parte de um dédalo de arruamentos que foram alvo do camartelo camarário, cerca de 1940-50, para dar lugar à "moderníssimo" Praça do Martim Moniz [vd. carta topogáfica anotada]. O local era outrora conhecido como os «Canos da Mouraria» como nos conta, em 1938, mestre Norberto de Araújo:
Beco dos Álamos |c. 1940| Esta serventia começava na Rua Silva Albuquerque e findava na Rua do Arco do Marquês de Alegrete, que se vê ao fundo Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Tudo isto — que é um dédalo — eram os canos da Mouraria, que transmitiram o nome às nossas contemporâneas Travessa, Beco e Rua dos Canos, de dístico substituído em 1885, por este actual de Silva e Albuquerque, operário muito culto, um apóstolo da instrução primária gratuita, falecido em 1879.
Como já disse toda esta área foi alagadiça, depois de ter sido um verdadeiro rio, e assim por aí acima, pelo Benformoso e Anjos, até Arroios.
No século XVI isto por aqui eram os «Canos de S. Vicente» (da porta de S. Vicente), e no século seguinte «Canos da Mouraria».
Estas horríveis serventias, Beco da Póvoa, Rua dos Vinagres (onde havia a «póvoa» dos «vinagreiros»), Rua dos Álamos, já de 1550, e mais vielas, eram tudo — os «Canos».
E esses canos eram umas valas abertas no leito da rua, escoantes das águas que, no vale, corriam das encostas de Sant'Ana e do Castelo, e vinha já de Arroios. Em 1840 ainda aqui havia sumidouros, cobertos de grades, como os do Rossio, nos passeios laterais.
Como já disse toda esta área foi alagadiça, depois de ter sido um verdadeiro rio, e assim por aí acima, pelo Benformoso e Anjos, até Arroios.
No século XVI isto por aqui eram os «Canos de S. Vicente» (da porta de S. Vicente), e no século seguinte «Canos da Mouraria».
Estas horríveis serventias, Beco da Póvoa, Rua dos Vinagres (onde havia a «póvoa» dos «vinagreiros»), Rua dos Álamos, já de 1550, e mais vielas, eram tudo — os «Canos».
E esses canos eram umas valas abertas no leito da rua, escoantes das águas que, no vale, corriam das encostas de Sant'Ana e do Castelo, e vinha já de Arroios. Em 1840 ainda aqui havia sumidouros, cobertos de grades, como os do Rossio, nos passeios laterais.
Rua dos Álamos, demolições |c. 1950| Perspectiva tomada da Rua do Arco do Marquês de Alegrete Judah Benoliel,in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. III, p. 79, 1938.
COSTA, António Carvalho da (Pe.), Corografia portuguesa, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal..., vol, III, 1706-1712.
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. III, p. 79, 1938.
COSTA, António Carvalho da (Pe.), Corografia portuguesa, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal..., vol, III, 1706-1712.
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ReplyDeleteAnd he in reality purchased me lunch mainly because I
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Aweѕome articⅼe.
ReplyDeleteMuito interessante, é com especial gosto que aprendo convosco mais sobre o meu bairro do coração. Obrigada pela partilha deste conhecimento e por nos estarem sempre a dar a conhecer a história desta nossa bela cidade. Continuação de bom trabalho. Tânia
ReplyDeleteGratos pelo apreço.
DeleteAdorei saber. Obrigada, por nos dar a conhecer.
ReplyDeleteGrato pelo apreço.
DeleteMuito obrigada por tão valiosa informação.... Adoro saber a história da nossa LISBOA Parabéns....
ReplyDeleteGrato pelo apreço. A odeia é essa.
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