Este era o chafariz n.º 11. Inicialmente situava-se perto do Arco de São Bento. O Arco foi demolido em 1838 e o chafariz, por sua vez, foi mudado para o início da Rua do Monte Olivete, junto à Praça das Flores. Foi mandado construir pela Direcção das Águas Livres em 12 de Junho de 1805.
Os seus sobejos eram repartidos por D. Genoveva Alexandrina e José Ramos da Fonseca. D. Genoveva tinha sido lesada com a destruição de algumas das suas propriedades (entre a Rua do Arco a S. Mamede, e a a antiga Travessa do Pombal, hoje Rua da Imprensa Nacional) aquando da construção do Aqueduto para o Chafariz da Esperança e não recebera indemnização, sendo a metade dos sobejos da água deste chafariz uma forma da a recompensar.
Chafariz da Praça das Flores ou do Monte Olivete [entre 1885 e 1910] Largo Agostinho da Silva Atrás, a Rua Prof. Branco Rodrigues Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Este chafariz não encosta à parede. Tem uma planta poligonal. É esquinado de pilastras encimadas de urnas. No seu lado frontal apresenta as armas reais da centúria de setecentos sobre molduras e requebros curvilíneos, rematado por um frontão em arco quebrado, semelhante a uma chaveta, e
ladeado por 2 das pilastras, apresentando uma bacia de
recepção de águas, ampla, que percorre toda a base frontal..
Em 1851, tinha duas bicas, duas companhias de aguadeiros, dois capatazes, sessenta e seis aguadeiros e um ligeiro. Bibliografia
ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo, 1851.