Sunday, 26 September 2021

Rua de Barros Queirós

Era a antiga Travessa de São Domingos, passou a designar-se Rua de Barros Queirós em homenagem a "Tomé José de Barros Queirós". A atribuição deste topónimo foi ainda acrescentada com uma legenda de «Ilustre cidadão, vereador da 1ª Câmara Municipal Republicana de Lisboa – 1926».

No Edital de 21 de Junho de 1926 pode ler-se: “[...] o Senado Municipal, em sessão de 7 de Junho corrente, prestando homenagem á grande figura republicana que foi Tomé José de Barros Queiroz, um dos mais ilustres propagandistas da Republica, trabalhando e lutando por ela e prestando relevantes serviços á cidade, quando vereador, resolveu dar á travessa de S. Domingos a seguinte denominação: Rua Barros Queiroz / Ilustre Cidadão, Vereador da 1ª Câmara Municipal Republicana de Lisboa – 1926”.

Rua de Barros Queiroz |1908|
Antiga Travessa de São Domingos
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

A justificação possível da alteração do topónimo Travessa de São Domingos para Rua de Barros Queirós reside no propósito – que se verificou durante o período da 1ª República – de acabar com a influência que a religião e a monarquia tinham na vida quotidiana e profissional das pessoas. O novo regime alterou a denominação das ruas, praças, largos, instituições e edifícios por outros conotados com a República.
Ainda, e por parecer da Comissão Municipal de Toponímia, em reunião de 19/05/1950, foram suprimidos os dizeres "Ilustre Cidadão – Vereador da 1ª Câmara Municipal de Lisboa – 1926" dos letreiros toponímicos e acrescentada a partícula “de”.

Rua de Barros Queiroz |1944|
Antiga Travessa de São Domingos
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

N. B. Tomé José de Barros Queiroz nasceu em Ílhavo a 2 de Fevereiro de 1872 e faleceu a 5 de Maio de 1926 em Lisboa.
Foi aprendiz de oficina, marçano e caixeiro e, pelo empenho e esforço chegou a comerciante de candeeiros no Largo de S. Domingos; político do período da Primeira República Portuguesa que, entre outras funções, exerceu os cargos de deputado, Ministro das Finanças, Ministro da Instrução Pública e Presidente do Conselho de Ministros. Foi membro da Maçonaria, na loja "Acácia". [cm-lisboa-pt; ANTT]

Rua de Barros Queiroz |1940|
Antiga Travessa de São Domingos; Igreja de São Domingos, abside; Rua da Palma.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Friday, 24 September 2021

Avenida Casal Ribeiro, 50

Este prédio de rendimento, construído no início do século XX, com elementos de Arte Nova, foi demolido em meados do séc. XX para a construção do edifício que acolheu a Companhia Nacional de Electricidade.

José Maria Caldeira do Casal Ribeiro (Lisboa, 1825-1896) – faz jus à diversidade de actividades que pautaram a sua vida. Licenciado em Direito, começou por ser um revolucionário republicano, inspirado pelos ideais da Segunda República Francesa. Colaborou no jornal O Atheneu, na Revista Universal Lisbonense, n’A Semana de Lisboa e fundou A Civilização (1856-1857).
Ao longo da sua vida relacionou-se com diversas figuras nacionais e internacionais, mantendo relações de duradoura amizade com Alexandre Herculano, Oliveira Martins ou António José de Ávila.
D. Luís agraciou-o com o título de conde de Casal Ribeiro em 1870. O conde de Casal Ribeiro foi um proprietário abastado, ligado pelo casamento à rica família Farrobo Quintela. Foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo e com numerosas condecorações estrangeiras, entre as quais a Grã-Cruz de Alberto, o Valoroso (Saxónia), a Legião de Honra (França), a cruz de São Gregório Magno (Roma), da Ordem da Rosa (Brasil) e da Ordem de Carlos III (Espanha). Foi sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e da Academia de História de Madrid. [fcsh.unl.pt]

Avenida Casal Ribeiro, 50 [post. 1902]
Prédio erguido quarteirão entre a Praça do Duque de Saldanha e a Av. Defensores de Chaves. 
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
Avenida Casal Ribeiro, 50 [post. 1902]
Topónimo atribuído pela CML em 1902 à nova via que liga a Praça do Duque de Saldanha ao Largo de D. Estefânia. Em 2º plano as traseira dos prédios da Rua de D. Estefânia.
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 19 September 2021

Antigo Convento de Santa Apolónia

À entrada da Rua de Santa Apolónia aí tens o que resta do antigo Convento de Santa Apolónia: o pórtico da Igreja. Dou-te outra notícia velha.
O Mosteiro de Santa Apolónia, das religiosas franciscanas da primeira regra de Santa Clara — recorda Norberto de Araújo, teve seu começo neste sítio, junto de una Ermida quinhentista que aqui havia, do orago de Santa Apolónia que deu o nome ao sítio, e que fora reedificada em 1671; dele, com carácter de simples recolhimento, foi fundadora em 1693 uma religiosa, D. Izabel da Madre de Deus, senhora muito favorita de D. Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra. Em 1718 o Recolhimento converteu-se em Convento, bem pequeno por tal sinal. Sofreu alguns estragos pelo Terramoto e foi restaurado. Em 1833 as freiras, por motivo das lutas liberais, recolheram ao Convento de Sant'Ana, e para aqui mais não voltaram. Extintas as Ordens no ano seguinte, a Casa serviu de moradia a alunos aprendizes do Arsenal do Exército, e cm 1852 passou à Companhia Real dos Caminhos de Ferro.

Igreja do antigo Convento de Santa Apolónia [1945] 
Rua de Santa Apolónia, frente ao Palácio Pancas Palha
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Como atrás disse — quando foi inaugurado o primeiro caminho de ferro, antes de abrir a grande Estação Central, por este edifício se fazia a entrada dos passageiros; desde há muito que, interiormente, a Igreja está despida de sinal religioso, constituída em armazém da Cooperativa do Pessoal dos Caminhos de Ferro.

Igreja do antigo Convento de Santa Apolónia [1945] 
Rua de Santa Apolónia, frente ao Palácio Pancas Palha
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

N.B. O convento foi demolido no final década de 1950 e a fachada da igreja foi transferida para a frontaria da nova Igreja de São Marcos, em Arripiado (Chamusca).

Antigo Convento de Santa Apolónia, lado sul visto do rio [1945] 
Rua de Santa Apolónia, edifício pertencente à companhia dos Caminhos de Ferro
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XV, p. 27, 1939.

Friday, 17 September 2021

Cais do Sodré

As designações «Cais do Sodré» e Praça dos Remolares foram comuns durante muito tempo, antes de se erguer a Estátua; «Remolares», perdeu-se na oralidade. Há no povo uma atracção particularíssima para os vocábulos sonantes. «Sodré» — canta. «Remolares» — já o disse atrás — era designação muito antiga. A designação «Sodré» é-lhe posterior, e teve a sua origem no facto de por aqui terem vivido e erguido prédios uns Sodrés, António, Duarte, Vicente, negociantes, descendentes de um Frederico Sodré, inglês, que passara a Portugal no tempo de D. Afonso V.
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, pp. 37-38, 1939)

Panorâmica tirada do Tejo sobre o Cais do Sodré [1880]
J. A. Vieira, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 12 September 2021

Hospital Real de Todos-os-Santos

O Rossio era uma praça, irregular, mas já muito espaçosa. o Hospital de Todos-os-Santos com a sua esplendida fachada; os arcos do Rossio, onde se acomodavam as mais luxuosas lojas, que vendiam as fazendas da moda, tornavam aquela praça a mais importante da capital.


Neste Rossio — diz Norberto de Araújo —  do lado nascente, à nossa direita, erguia-se até pouco antes do Terramoto o imponente Hospital de Todos-os-Santos, fundação de D. João II, e cuja primeira pedra foi lançada a 15 de Maio de 1492. Os terrenos eram dependentes dos frades de S. Domingos.
Possuía um formoso pórtico gótico , de dupla entrada , para o qual se subia por uma escadaria de vinte e um degraus, e de um lado e do outro, ao nível do chão, corriam magníficas arcadas, em maior extensão do lado norte, e em cujo número não acertam os eruditos nem velhas estampas, mas que andaria por trinta.

Rossio antes do terramoto de 1755
Legenda: A
  Hospital de Todos-os-Santos;  B  Igreja de São Domingos e à esq. a Ermida da S.ª da Escada [hoje demolida];  C  Convento da Graça; D  Castelo de S. Jorge; E  Chafariz de Neptuno. À dir. observa-se um poste de forca com um homem preso pelos braços.
Água-tinta, desenho à pena a nanquim de Zuzarte, século XVIII (1787)
Rossio antes do terramoto de 1755
Legenda: A
  Hospital de Todos-os-Santos;  B  Igreja de São Domingos e à esq. a Ermida da S.ª da Escada [hoje demolida];  C  Convento da Graça; D  Castelo de S. Jorge; E  Chafariz de Neptuno. À dir. observa-se um cortejo fúnebre e um poste de forca com um homem preso pelos braços.
Pintura a óleo sobre gravura de Zuzarte, autor desconhecido (1787)

Estas arcarias do Hospital de El-Rei — como de começo se chamou – e que davam abrigo a muitas dezenas de tendas e bazares — constituíam um dos encantos panorâmicos do Rossio. A Igreja continuava-se do prolongamento do pórtico, isto é: na direcção poente-nascente.
Junto deste Hospital — que foi uma das mais nobres instituições de Lisboa de todos os tempos, servindo os pobres — funcionava a «Roda dos Engeitados», do lado da Rua da Betesga.
O Hospital de Todos-os-Santos dependia da Santa Casa da Misericórdia. Sofreu um incêndio em 27 de Outubro de 1601, facilmente reparável em seus estragos, outro, horroroso, em 10 de Agosto de 1750, que o reduziu a cinzas, fazendo muitas vítimas, salvando-se, porém, 730 doentes e centenas de crianças que foram recolhidas pelas janelas e portas contíguas a S. Domingos.

Hospital Real de Todos-os-Santos no séc. XVIII
Igreja do Hospital Real de Todos-os-Santos, portal manuelino, admirado por toda a Europa, não só pelo seu trabalho de escultura, mas também pela sua imponência.
Gravura da autoria de Jaime Martins Barata, Museu de Lisboa

O Hospital tinha a sua frente obliquamente recuada em relação ao alinhamento oriental do Rossio que temos à vista, de modo que só pelas alturas onde hoje estão os Armazéns e a Loja do Povo [Praça de D. Pedro IV, 87-92] a linha antiga coincidia com a actual [vd. planta topográfica]. No interior da Retrosaria «Botões de Ouro», n. 86 [hoje sapataria], situada entre aqueles dois estabelecimentos existem ainda abóbadas e um lanço de arcaria de volta perfeita — resto vivo das arcadas do Rossio — , e até Julho de 1933 estava à vista um capitel de coluna, singelamente ornamentado, um meio metro acima do nível actual da Praça, único, venerando vestígio que foi entaipado por ocasião de umas obras de limpeza. Tenho tentado conseguir que ele seja, de novo, posto à vista; acredito na boa vontade dos donos do estabelecimento.


Sítio do Hospital de Todos-os-Santos, convento de S. Domingos e Poço do Borratém antes do terremoto de 1755 (a preto), e na actualidade (1937) (a vermelho
Planta topographica exacta do Sitio que comprehende a Ilha em que estava edificado o Hospital Real de Todos os Santos. Desenhos de J. de Castilho

Bibliografia
MESQUITA, Alfredo, Lisboa, 1903.
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. V, pp. 22-26, 1938.
CASTILHO, Júlio de,  Lisboa antiga, vol. IV,  1885, 

Friday, 10 September 2021

Avenida 24 de Julho: prédios de rendimento

Estes enormes prédios de rendimento, que se seguem, fazendo o quarteirão que se contém entre [a Avenida] 24 de Julho, [Avenida do] Presidente Wilson [hoje Avenida Dom Carlos I], [Rua] Vasco da Gama [hoje Largo Santos] e o Jardim de Santos datam da década de 1870 a 1880. [...] à sombra desse quarteirão urbano de que te falei, correm os cinquenta metros da Rua [Largo] Vitorino Damásio; José Vitorino Damásio, engenheiro, director do Instituto Industrial, foi quem dirigiu as obras do Aterro [hoje Av. 24 de Julho] desde S. Paulo a Santos (1858).
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, p. 88, 1939)

Avenida 24 Julho [1905]
À esquerda, o Largo de Santos, antiga Rua Vitorino Damásio
Legenda: «Ornamentações por ocasião da visita a Lisboa do Presidente francês Émile Loubet [vd. N.B.]»
Chaves Cruz, in Lisboa de Antigamente
 
N.B. "O dia de hoje há-de ficar memorável nos anais da História pátria", escrevia o DN na primeira página de 27 de Outubro de 1905. Nessa data, a monarquia portuguesa dava as boas-vindas a Émile Loubet, o presidente da República Francesa, a única da Europa, a par da Suíça. A verdade, no entanto, é que «a apoteose com que o saudou o Povo de Lisboa foi como que a proclamação da República na capital portuguesa." (in História do Regímen Republicano em Portugal)

Sunday, 5 September 2021

Largo e Convento do Carmo

Este topónimo remete para a existência do Convento do Carmo no local. A propósito deste Largo refere o olisipógrafo Norberto de Araújo o seguinte:

O Largo, na sua configuração, é bem diverso do que era há cento e oitenta anos [c. 1750], antes da urbanização pombalina, e então mais estreito, mais baixo, em nível, cerca de um metro (o que bem se comprova pelo rebaixamento que faz a Igreja-ruína do Carmo), e também mais nobre, mais senhor de si, mais «Bairro do Marquês» (de Vila Real), «Bairro de Vila Nova» (de Santa Catarina), Bairro do Carmo, alfim — designação que teve no decorrer dos séculos.
Principia por observar este gracioso Chafariz, que não existia ao tempo do Terramoto. O Chafariz do Carmo data de 1796, ou de pouco antes, integrado na obra das Águas Livres, pois recebe água das Amoreiras; se antes existia outro — e é verosímil que assim tivesse sucedido — não to posso assegurar cu, embora Júlio de Castilho o admita e escrito esteja em várias obras. [...]

Largo e Convento do Carmo |1910|
Chafariz do Carmo; à esq. vê-se a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, a frontaria do quartel da GNR e fachada arruinada da Igreja- Convento do Carmo; destaque para os urinóis públicos, tipo guarita, que por esta época eram obras de arte.
Artur Benarus, 
in Lisboa de Antigamente

Quanto às origens do Convento do Carmo, adianta o mesmo autor:
Contempla-une exteriormente o Carmo de Nuno Álvares. É a evocação material espiritualizada dos séculos da piedade e do heroísmo; é a única ruína em Lisboa que tem vida, e que nos oferece ainda a visão rasgada de um passado distante, de um mundo diverso do mundo de hoje.
Uma ruína — que não quere morrer.
Quando da batalha de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira fez à Virgem um voto: o de lhe erguer um grandioso templo. Foi isto a 14 de Agosto de 1385. Passados quatro anos Nuno Álvares começou a cumprir aquilo a que se votara [...].

Convento do Carmo |c. 1920|
Largo do Carmo
Interior das ruínas da igreja vendo-se a fachada sul e, à esq., um arxo, ambos do séc. XIV.
Artur Benarus, in Lisboa de Antigamente

A traça arquitectónica da Igreja — ogival como vês — foi de rasgada concepção, assegurados os arquitectos, à terceira tentativa, da firmeza dos fundamentos. Aqui estão desenhadas as três naves, com seus cinco arcos ogivais, dois dos quais apenas, estes logo a seguir ao pórtico, são primitivos. O templo media 73 metros de comprimento, possuía no corpo das naves, de começo, oito capelas, mas outras havia além do cruzeiro e na abside; era formoso, mas era também opulento. As capelas vestiam-se de jaspe polido, os púlpito , igualmente de jaspe, guarneciam-se de embutidos de prata, e pedras finas; os retábulos eram de boa arte, e havia profusão de pintura, escultura em madeira e em pedra; os vitrais iluminantes, nos óculos, janelas e frestas, ostentavam-se como os mais belos de Lisboa. Depois da morte do fundador, em 1431, o Carmo ogival cada vez mais resplandecia na nobreza augusta que o tempo imprime aos monumentos, e enchia-se de mais riquezas, que a Índia e o Brasil, no século seguinte, começaram a fornecer.
Durante muitas dezenas de anos o povo fez do Carmo um motivo de peregrinação em louvor da memória de Fr. Nuno, e — no seu modo ainda medieval — cantava e dançava à roda do túmulo do fundador.

Convento do Carmo |c. 1930|
Largo do Carmo
Perspectiva nascente vendo-se à esq. o arcobotante e a ponte de acesso ao Elevador de Santa Justa.
Artur Benarus, in Lisboa de Antigamente

Mas veio o dia 1.º de Novembro de 1755. O Carmo ― Convento e Igreja — ruíram estrondosamente. Ficaram apenas de pé a fachada cortada ao alto e dois vãos de arcos que se seguem ao portal de entrada, as capelas absidais e a parte inferior da Capela-Mor.
Trataram os frades carmelitas de restaurar a sua Casa — mosteiro e templo. O Convento foi soerguido das ruinas, já sem a beleza antiga; a Igreja, ainda sobre a traça ogival, entrou a ser reconstruída, aliás sob defeituosa orientação, elevando-se então quatro arcos, rasgando-se novos janelões nas extremas das paredes, e enxertando-se pormenores na remendagem arquitectónica primitiva.
Mas os tempos eram outros; escasseavam dedicações, o dinheiro não avultava, esmorecera a fé.
Em 1834 a Igreja continuava... em obras. Ruínas lamentosas sobre a ruína respeitável de 1755.==

O Convento e as ruínas da Igreja do Carmo vistas do Rossio (Praça de D. Pedro IV |post. 1850|
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VI, pp. 75-84, 1938.

Friday, 3 September 2021

Jardim da Estrela: os «sofás de ferro»

Uma das primeiras tipologias de mobiliário urbano a surgir na Lisboa oitocentista foi a tipologia Banco. De início era pouco visível nos espaços públicos oitocentistas, mas com o avançar do século, e com a introdução das novas necessidades de embelezamento urbano e das novas tecnologias na indústria da fundição, foram surgindo, por toda a cidade, diferentes modelos de bancos. Os primeiros a serem utilizados foram os modelos de bancos conhecidos como “sofás de ferro”. Surgiram no imaginário da capital, nomeadamente no Passeio da Estrela (ao centro), em 1859 pelas mãos do Instituto Industrial de Lisboa a pedido da autarquia lisboeta e seguiam os modelos franceses pertencentes às Fundições J. P. V. André e da J.J. Ducell et Fils.
(FREIRE, João Paulo - Lisboa do meu tempo e do passado. Lisboa: Parceria A.M. Pereira,. 1931-1932)

Jardim da Estrela: os «sofás de ferro» |post. 1862|
Tipologias de mobiliário urbano em ferro fundido que estiveram sob a influência da indústria de Fonte d’Art francesa e que foram surgindo na cidade de Lisboa, entre a segunda metade do século XIX e princípios do século XX.
Francesco Rocchini, in Lisboa de Antigamente
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