Sunday, 27 December 2020

Iluminações de Natal no edifício da "Cidla"

Em chãos que pertenceram ao Conde de Sabrosa, ergue-se o edifício que começou a ser construído dentro do plano geral do arquitecto Carlos Ramos que é, em 1968, arrendado à Cidla, tendo o arquitecto Terra de Motta procedido às alterações necessárias para a nova função, que foram concluídas em 1971.

Iluminações de Natal no edifício da "Cidla" |Natal de 1971|
Praça do Marquês de Pombal tornejando com a Av. Fontes Pereira de Melo
Estúdio de Horácio de Novais, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 20 December 2020

Passagem de nível de Alcântara: Avenidas da Índia e de Brasília

Imagens anteriores à construção, por volta de 1970, do "provisoriamente-definitivo ou definitivamente-provisório" — como o leitor preferir — Viaduto de Alcântara. Observam-se as Avenidas da Índia (1948) e da Brasília (1960); esta última era a Via pública a Sul do Caminho de Ferro, paralela à Avenida da Índia, entre a passagem de Nível de Alcântara-Mar, a norte da Gare Marítima e a Avenida da Torre de Belém; ao fundo vê-se o tabuleiro da ponte sobre o Tejo em fase de construção.

Passagem de nível de Alcântara: Avenidas da Índia e de Brasília a |ant. 1966|
O topónimo «Avenida da Índia» foi atribuído em 1948 à Rua paralela e à direita do Caminho de Ferro de Lisboa-Cascais que começa na Avenida 24 de Julho e finda na Circunvalação em Algés.
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Os terrenos conquistados ao Tejo medem neste sítio uma área mais considerável do que em qualquer outro ponto do porto de Lisboa, e a linha marginal, que no século XVI não passava para além da Ponte de· Alcântara, avançou em direcção ao Tejo uma extensão de cerca de 900m. A conquista destes terrenos altamente valiosos foi uma necessidade que o incremento do comércio, da indústria e da circulação citadina tornaram imprescindível, e que ainda mais veio valorar o já populoso e fabril bairro de Alcântara.

Passagem de nível de Alcântara: Avenidas da Índia e de Brasília a |ant. 1966|
O topónimo «Avenida de Brasília » foi atribuído em 1960 à via pública a sul do caminho-de-ferro, paralela à Avenida da Índia, entre a passagem de nível de Alcântara-Mar e a Avenida da Torre de Belém aberta em 1945.

Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
¹ Olisipo: boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», A Ponte de Alcântara e suas circunvizinhanças: notícia histórica, por A. Vieira da Silva, 1942.

Friday, 18 December 2020

Viaduto de Alcântara

O viaduto metálico sobre a linha de caminho de ferro, no qual a AGPL também comparticipou, foi inaugurado em 1972. Este viaduto tem duas faixas de rodagem com o comprimento cada uma de 200mt. O O acesso ao cais de Alcântara para os peões é feito através de uma passagem subterrânea que liga a Avenida 24 de Julho ao cais marítimo.

Construção do Viaduto de Alcântara [c. 1971]
Avenida de Brasília
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Cerca de três meses depois da inauguração — em 21 de Abril de 1960 — da cidade de Brasília como capital do Brasil, Lisboa perpetuou-a numa Avenida alfacinha próxima da linha do Tejo. Este topónimo (1960) nasceu de um pedido do Almirante Sarmento Rodrigues – Ministro do Ultramar de Salazar, de 1950 a 1955 – ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que era então António Vitorino França Borges, para se fixar em Lisboa a nova capital brasileira que iria suceder ao Rio de Janeiro (1763 a 1960), que por sua vez já sucedera a Salvador. [cm-lisboa.pt]

Sunday, 13 December 2020

Avenida Cinco de Outubro, 9-11

Edifício do séc. XX exibindo azulejos de desenho Arte Nova com motivos florais em policromia, tendo ao centro figura de mulher com estrela por cima da cabeça. Painéis com 9 azulejos na máxima altura que decoram o nível das entradas do edifício.
Neste edifício está instalado o "Hotel Zenit Lisboa"

Avenida Cinco de Outubro [post. 1930]
Prédio que torneja a Rua Pinheiro Chagas 
Estúdio Mário Novais, in Lisboa de Antigamente

Cinco de Outubro, data da implantação da República no ano de 1910, foi fixada pela edilidade lisboeta logo no seu primeiro Edital de toponímia, um mês após a implantação da República, em 5 de Novembro de 1910.
Até aí esta artéria designava-se Rua António Maria de Avelar, por deliberação camarária de 12 de Agosto de 1897, tendo passado a Avenida, por deliberação camarária de 4 de Dezembro de 1902, homenageando um engenheiro (1854–27.10.1912) e funcionário da Câmara de Lisboa desde 1879, ligado ao plano das Avenidas Novas já que substituiu por longos períodos o director-geral das Obras Municipais, Ressano Garcia. A proposta para ser alterada para Avenida Cinco de Outubro partiu do vereador Nunes Loureiro na reunião de câmara de 6 de Outubro de 1910 e foi aprovada por aclamação. [cm-lisboa.pt]

Friday, 11 December 2020

Largo do Calhariz

O Largo do Calhariz é um troço da seiscentista Estr. da Horta Navia, também denominada Estr. de Santos e este topónimo deriva da existência no local da residência dos Morgados do Calhariz, conforme relata Norberto Araújo:
Encontramo-nos na artéria conhecida em toda a Lisboa pelo "Calhariz", rua e sítio deste Título, e que tem origem no Palácio dos Sousas Calharizes, como diz o vulgo e como se encontra em livros antigos. 

Largo do Calhariz,  [séc. XIX]
Senhoras passeando junto ao palácio Calhariz-Palmela
 Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

É este edifício, à direita, com um pequeno jardim adjacente, e que ocupa todo o quarteirão confinado entre as Ruas do Calhariz, da Atalaia, Travessa das Mercês e Rua da Rosa.==

Largo do Calhariz [c. 1914]
Varinas; ao fundo a Cç. do Combro 
Charles Chusseau-Flaviens, in G.E.H

Sunday, 6 December 2020

Rua da Graça

Todos os bairros ou sítios de Lisboa — recorda o ilustre Norberto de Araújo — têm o seu encanto especial, sobretudo para quem neles se a fez ou neles vive. Este da Graça é, com efeito, e sem devoção bairrista da nossa parte, um dos mais alegres e desafogados da Cidade. Populosa, animada, característica do Oriente de Lisboa, sem cair no pitoresco velho, nem, em verdade, oferecer particularidades olisiponenses ou apontamentos de artista — a Graça remonta aos primeiros tempos de Lisboa. [...]

Rua da Graça, 80 |195-|
Antiga Rua Direita da Graça, até 1889.
Judah Benoliel, in Lisboa de Antigamente

A Rua da Graça é uma linha recta que vem dos Quatro Caminhos, de saudosa memória alfacinha, e de que te falei, ao Largo da Graça, que data na actual feição de há cento e tal anos. Desta linha descem para sul e nascente várias serventias, como a Rua das Beatas, a Rua do Sol, a Travessa da Pereira, e a Rua da Verónica — todas antigas, e anteriores à Graça do século passado.

Rua da Graça, 80 |195-|
Antiga Rua Direita da Graça, até 1889.
Judah Benoliel, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII, p. 41-50, 1939.

Friday, 4 December 2020

Rua dos Castelinhos

No Guia das Ruas de Lisboa (1941), o Bairro dos Castelinhos tem os seus limites definidos como "Entre a Avenida Almirante Reis, o Largo da Escola Municipal, a Rua do Saco e a Calçada do Conde de Pombeiro".
Por deliberação camarária de 29 de Agosto de 1901 (retificada em 31/08/1905) e formalmente instituída por edital de 5 de Setembro de 1905, a Rua B do Bairro dos Castelinhos passou a perpetuar na toponímia alfacinha a memória do Bairro dos Castelinhos, cujo nome provinha por seu turno, da antiga Quinta dos Castelinhos.

Rua dos Castelinhos |c. 1900|
Antiga Rua B do Bairro dos Castelinhos
Machado & Souza, 
in Lisboa de Antigamente

Por documentos existentes no Arquivo Municipal de Lisboa é ainda possível determinar que se procedeu à abertura das ruas deste Bairro no período de tempo compreendido entre Julho de 1895 e Outubro de 1900, a saber, da rua a comunicar o Largo do Intendente com a Calçada do Conde Pombeiro, da rua a comunicar provisoriamente o Largo do Intendente com a Avenida dos Anjos [Alm. Reis]; da ligação da Rua C na Quinta dos Castelinhos com a Rua da Bempostinha e da ligação da Rua B na Quinta dos Castelinhos com a Rua da Bempostinha.[cm-lisboa.pt]

Rua dos Castelinhos |c. 1900|
Antiga Rua B do Bairro dos Castelinhos
Machado & Souza, 
in Lisboa de Antigamente
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