Sunday, 27 August 2023

Largo do Marquês Nisa

Este Largo entre a Rua de Xabregas e a Rua Gualdim Pais foi atribuído por Edital de 13/01/1939 na via pública que era já conhecida por Largo do Marquês de Nisa (já assim aparece no «Atlas da Carta Topográfica de Lisboa» de Filipe Folque de 1858) ou Largo da Marquesa de Nisa.
A origem do topónimo advém da existência no local do Palácio do Marquês de Niza, desde o reinado de D. João IV. Na segunda metade do século XIX, este palácio de Xabregas, mudou da posse do último Marquês, D. Domingos Gama, para um particular a quem o vendeu em 1862. 

Largo do Marquês Nisa |1939-07|
Mercado de levante de Xabregas e 
Palácio Niza
Eduardo 
Portugal, in Lisboa de Antigamente

No ano de 1867, o Estado adquiriu o Palácio, aqui instalando o Asilo D. Maria Pia e no mesmo ano procedeu a obras sumárias de reparação e adaptação e depois, após um incêndio, foi novamente reedificado a que se seguiram, em 1871, novas obras de restauro, sob a orientação do arquitecto João Maria Nepomuceno.

Largo do Marquês Nisa |1939-07|
Palácio Niza; Mercado de levante de Xabregas
Eduardo 
Portugal, in Lisboa de Antigamente

Friday, 25 August 2023

Avenida Defensores de Chaves, 10-C:

Antiga Avenida Pinto Coelho e antes Rua Pinto Coelho; após a implantação da República que em termos toponímicos procurou substituir a maioria das denominações religiosas ou ligadas à Monarquia, e apenas dois anos passados sobre o evento que perpetua na memória da cidade, foi a Avenida Pinto Coelho substituída pela denominação Avenida dos Defensores de Chaves, com a legenda "Combate de 8 de Julho de 1912" para perpetuar a vitória das forças do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, no combate com as forças monárquicas de Paiva Couceiro, ocorrido em Chaves a 8 de Julho de 1912, e do qual resultou o fim da 1ª incursão monárquica.

Avenida Defensores de Chaves, 10-C | 1935|
Regimento de Sapadores Bombeiros, edifício do Corpo de Bombeiros Municipais: Quartel n.º 2 ou 
Carlos José Barreiros¹.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Durante o ano de 1935, o B.S.B., prestou os seus humanitários serviços em cento e oitenta e sete acidentes diversos, incluídos no quadro respeitante à classificação das ocorrências manifestadas nesse ano. As principais causas e quantidades desses acidentes foram as seguintes, pela ordem da sua importância numérica: animais em perigo, quarenta e dois; desastres diversos no trabalho, na via pública, etc., vinte e um; abastecimento de água, vinte; inundações, dezanove; desabamentos de prédios em ruína, etc., dezassete ; perigo para os locatários ou transeuntes, dezasseis; atropelamento ou choque de viaturas, quinze; outros acidentes motivados por treze causas (em quantidades inferiores a dez) os restantes trinta e sete.
(Anuário da Câmara Municipal de Lisboa, Ano I, 1935. Lisboa : S. Industriais da CM, 1936, vol. I)

Exercícios dos Bombeiros Voluntários no quartel Carlos José Barreiros |1923|
Avenida Defensores de Chaves, 10-C
Ferreira da Cunhain Lisboa de Antigamente

¹ Carlos José Barreiros, figura notável de organizador e de chefe, que deu extraordinário incremento aos serviços de incêndios da Capital, tornando-o, para o tempo, dos mais notáveis da Europa.

Sunday, 20 August 2023

Palácio da Ega (Pátio Saldanha)

Chegamos ao Hospital Colonial , erguido em terrenos que foram dos Condes da Ega, com seu palácio faz parte da história autêntica da Junqueira, difícil, até, de sintetizar. São do começo urbanizado do sítio, pois advêm dos Saldanhas, do século XVI.


Sem grande esforço — recorda Norberto de Araújo — tu, Dilecto, vais apreender a situação da antiga casa nobre dos Saldanhas e Egas, e um pouco, quase nada, da sua história. Á direita, subindo pela Calçada da Boa Hora, levanta-se o antigo Palácio da Ega, onde está, desde 1931, o Arquivo Colonial, com o seu «Pátio do Saldanha», que antes daquela data era uma ruína; os terrenos anexos e dependentes do Palácio prolongavam-se para norte, até à Boa Hora, e para Sul sobre a Junqueira; foi nos terrenos do Sul, estes que vês, ajardinados, defendidos da Rua por uma cortina de gradeamento [vd. duas primeiras imagens], que se instalou em 1925 o Hospital Colonial [em 1974 recebe a designação de Hospital de Egas Moniz].

Palácio da Ega (Pátio Saldanha) |c. 1940|
Perspectiva tomada da Rua da Junqueira
Fachada Sul, sobre jardim, adornada de onze janelas de sacada. Note-se os terrenos defendidos da Rua por uma cortina de gradeamento.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente
Palácio da Ega (Pátio Saldanha), gradeamento da Quinta do Saldanha |1911|
Rua da Junqueira
Inscrição no original: Na Rua da Junqueira, nos extremos da antiga cerca do Palácio da Ega encontram-se dois pavilhões neogóticos, de construção igual e simétrica, de calcário branco e planta quadrada. 
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente


Como disse atrás, quando resumi o que foi o sítio da Junqueira, os Saldanhas — cujo primeiro foi D. António, companheiro de Albuquerque — , possuíam os terrenos todos de Santo Amaro a Belém, e que começaram a retalhar em 1701. Mas a sua casa, antepassado do Palácio Ega, datava aproximada---mente de 1582, e, com acrescentamentos, melhorias e feição palaciana cada vez mais acentuada, nos descendentes se conservou. Um deles, D. Manuel de Saldanha e Albuquerque, Vice-Rei da Índia, recebeu em 1758 o título de Conde da Ega.
Aqui fica explicado o enxerto dos Egas nos Saldanhas, a mesma família, afinal. A Quinta chamava-se «das Caldas», desde o seu começo; a designação foi amortecendo subordinada ao apelido dos Saldanhas. O 2.º Conde da Ega, Aires José Maria de Albuquerque, era o proprietário do Palácio quando Junot se instalou em Lisboa; tomou o partido do Marechal francês, que se instalou no velho Palácio dos Saldanhas, e se fez amante da segunda mulher do Conde, a linda Juliana Maria Luíza Sofia de Oyenhausen de Almeida, filha da insigne Marquesa de Alorna. Expulsos os franceses, o Conde emigrou, e a Condessa foi atrás do amante.

Palácio da Ega, onde se encontra instalado o Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) |1966|
Calçada da Boa-Hora
Frontaria, voltada a Poente, sobre um jardim, este acortinado de gradeamento que corre ao longo da Calçada da Boa Hora, e nela o corpo central, no qual, em baixo se rasga o portal, sobrepujado no fecho do arco pela pedra de armas dos Albuquerques, e ladeado por duas janelas, emolduradas de vistosa composição arquitectónica; na altura do andar nobre, e único, abrem-se duas janelas de sacada.
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente
Palácio da Ega |194-|
Calçada da Boa-Hora
Os corpos laterais, recuados só no andar nobre, constituindo assim um terraço de cada lado, guarnecido de varanda de varões seiscentistas; em baixo, em cada corpo notam-se três vãos gradeados entre quatro colunas, constituindo os vãos centrais portas, rematadas em arco.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente
  
O Estado condenou à morte o Ega, e tomou-lhe conta dos bens (com o Palácio e Quinta à cabeça), mas o Morgado foi mais tarde restituído aos Egas, o que não impediu que o general Beresford durante largos períodos o habitasse, enquanto andou por Portugal.
Na primeira metade do século passado [XIX] o Palácio da Ega ou do Saldanha, veio às mãos de particulares; o último, que foi a Conde da Folgosa, vendeu-o há poucos anos[c. 1930] ao Estado.
Os terrenos rústicos da Quinta já há muito que andavam alienados, desintegrados da antigo conjunto da propriedade dos Saldanhas dos séculos XVI a XVIII.

Palácio da Ega |1940|
Calçada da Boa-Hora
Fachada lateral Sul voltada ao jardim, provido de grande tanque de rebordo curvilíneo, com acesso por passadiço elevado com conversadeiras, três portas e um alpendre. Possui dois corpos alinhados e separados por pilastra: o da esquerda, extenso, com dois pisos, e o da direita, mais estreito, correspondente à sala Pompeia, que possui mais um piso.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente
Palácio da EgaPalácio da Ega (Pátio Saldanha) |1940|
Calçada da Boa-Hora
Fachada lateral Sul possui dois corpos alinhados e separados por pilastra: o da esquerda, extenso, com dois pisos, e o da direita, mais estreito, correspondente à sala Pompeia, que possui mais um piso.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Dilecto: o velho Palácio «da Ega» — como muito vulgarmente se lhe chama, certamente em memória da formosa Condessa — está ainda hoje [1939] apresentável de aparência, como vês, ao fundo do Pátio, que foi limpo e acortinado. 
Interiormente possuí, digna de referência, e salva da ruína quase absoluta que caía há umas dezenas de anos sobre a Casa, uma «Sala dos Marechais», também chamada «de Apolo» (porque nela existiu uma estátua de Apolo) e a de «Pompeia» (porque algumas pinturas se caracterizam por esse estilo) , sala decorativa que ostenta colunatas de madeira, tecto pintado, e silhares de azulejos magníficos, com vistas de Veneza.

Palácio da Ega no Páteo do Saldanha |c. 1850|
Sala Pompeia e nela doze colimas, de madeira, imitando mármore verde e amarelo, de traçado salomónico resultante do engrinaldado que as envolve.
O tecto, recurvado em doze tramos, oval, no qual se abre, em altura, uma cúpula oval também, um e outra revestidos de pintura a têmpera sobre estuque, com ornatos e medalhões, ao estilo pompeiano do fim do século XVIII.
Oito silhares de azulejo em tapeçaria, de tipo holandês do século XVIII, representando portos e cidades europeias, nem todos identificáveis.
Litografia por Legrand
, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa: Monumentos histórico, 1946.
idem, Peregrinações em Lisboa, vol. IX, p. 53-54, 1939.
acasasenhoria.org

Friday, 18 August 2023

Alfama: Ruas da Regueira, de São Miguel e Becos do Alfurja e da Bicha

Sabe-se que cerca de 1183 se tinha formado um pequeno povoado para além da regueira que passara a designar-se por Regueira do Salvador e de ambos os lados da Regueira havia nascentes. O arrabalde de Alfama muçulmana articulava-se entre 2 pólos ligados pela Regueira: o do núcleo termal e das fontes públicas e o do bosque de Alfungera.
Na época dos descobrimentos a Rua da Regueira como as de S. Pedro, S. Miguel, da Adiça, o Largo do Salvador e as escadas da igreja de S. Miguel eram os espaços urbanos mais vivenciados pela população local.
Nas descrições paroquiais anteriores ao terramoto o arruamento surge como «a Rigueira» ou «rua da Rigueira», nas freguesias de S. Estêvão de Alfama e do Salvador, sendo a característica rua de divisão de duas freguesias.

Alfama |1961|
Rua da Regueira, 26-40 com a Rua de São Miguel; Becos do Alfurja e da Bicha (esq) e do Carneiro (dir)
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 13 August 2023

Antiga estação de caminhos-de-ferro de Belém

O sítio de Belém, conhecido no tempo de D. Sancho I por Reguengo de Ribamar ou de Algés, era uma zona rica em pomares e hortas. A toponímia dos seus lugares encontrava-se certamente ligada à vocação rural de então: o Restelo era o campo de produção e preparação do linho, ali se «rastelava» o linho; a Junqueira foi campos de juncos e Alcolena o sítio de fornos de cal. O sítio de Belém, povoado agrícola e piscatório, foi crescendo a partir do século XIII, sempre ligado às actividades fluviais e marítimas. A sua importância viria a aumentar com os Descobrimentos e é dessa época que data o topónimo Belém. Foi no início do século XV, com a construção da ermida da invocação de Nossa Senhora de Belém, que passou a ser conhecido por essa designação.

Antiga estação de caminhos-de-ferro de Belém |s.d. ant. 1926|
Avenida da Índia
A estação situava-se frente à Praça D. Afonso de Albuquerque, antiga de D. Fernando; a Locomotiva a vapor — linha ainda não electrificada — da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses (futura CP). pertenceu à série CP 09 a 026 e foi construída pela empresa "Beyer Peacock".
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Por ocasião da Exposição do Mundo Português em 1940, as antigas estações de comboio de Pedrouços e Belém foram demolidas para dar lugar a outras, de acordo com a arquitectura do Estado Novo.

Antiga estação de caminhos-de-ferro de Belém, Linha já electrificada |1932|
Avenida da Índia
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Friday, 11 August 2023

Avenida da Ribeira das Naus

Topónimo atribuído por edital camarário de 22/06/1948 ao arruamento projectado entre a Praça do Comércio vulgo Terreiro do Paço e o Cais do Sodré.
Com a assistência de membros do Governo, foi inaugurada a lápide que, na Avenida da Ribeira das Naus, assinala o local onde foram construídas as caravelas que partiram para os Descobrimentos.

Avenida da Ribeira das Naus |1962|
Ao fundo nota-se a Estação Sul e Sueste
Artur Goulart, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 6 August 2023

Chafariz do Largo de Andaluz

As aguas do Chafariz de Andaluz brotam no largo de Andaluz, do lado do norte do convento de Santa Joanna. São salobras e frias, marcando 22° quando a temperatura exterior é de 26°,5°. O snr. Agostinho Vicente Lourenço opina que, bem aproveitadas, estas aguas seriam uteis no tratamento de molestias cutaneas. [Otigão: 1875]

O Chafariz do Andaluz é apenas uma longa bacia rectangular, de pequena profundidade, com uma simples torneira de latão. Primitivamente era alimentado por nascente situada no logradouro de um prédio da Rua de São Sebastião da Pedreira. Encontra-se hoje escondido, no recanto formado pelo ângulo das Ruas de Santa Marta e do Actor Tasso, perto do Largo de Andaluz, à sombra de uma bela árvore. 

Chafariz do Largo de Andaluz |1965|
Em segundo plano, a Rua Actor Tasso (1909) antiga Travessa de Lázaro Verde.
Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente
Chafariz do Largo de Andaluz |1961|
Em segundo plano, a Rua Actor Tasso (1909) antiga Travessa de Lázaro Verde.
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Apesar das apregoadas virtudes da sua água original e da longa idade que já conta, pois data de 1336 (Era de 1374), o Chafariz do Andaluz não chamaria a nossa atenção se não fora a existência, no seu espaldar, da pedra de armas de D. Afonso IV sobre uma lápide bipartida, tendo, à esquerda, a nau vicentina das armas do Brasão da Cidade e, à direita, a inscrição:
NA ERA DE 1374 (data corresponde ao ano de 1336 da Era Cristã), O CONCELHO DE LISBOA MANDOU FAZER ESTA FONTE A SERVIÇO DE DEUS E DO NOSSO SENHOR REI DOM AFONSO POR GIL ESTEVES, TESOUREIRO DA DITA CIDADE, E AFONSO SOARES, ESCRIVÃO. A DEUS GRAÇAS, segundo a leitura de Cordeiro de Sousa (M. A.).
(Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, Volume 5, 1962)

Chafariz do Largo de Andaluz |1939|
Destaque para Pedra de armas de D. Afonso IV sobre uma lápide bipartida, tendo, à esquerda, a nau vicentina das armas do brasão da Cidade e, à direita, a inscrição atrás referida.
Eduardo Portugal, 
in Lisboa de Antigamente

Friday, 4 August 2023

Rua de Augusto Rosa que foi do Arco do Limoeiro

Chamou-se esta artéria em tempos não muito antigos "do Arco" por ter existido mais acima um arco ou passadiço que ligava o Paço de a-par-de S. Martinho [Cadeia do Limoeiro] à desaparecida paroquial desta invocação [de onde o nome Rua do Arco do Limoeiro, depois, do Limoeiro]; foi demolido precisamente há um século: 1838. [Araujo: 1938]


Seis anos após o falecimento do actor Augusto Rosa a artéria onde ele viveu e faleceu, a Rua do Arco do Limoeiro (no n-º 50), passou a ter o seu nome, consagrado pelo Edital municipal de 17/03/1924.
Inicialmente o topónimo foi atribuído como Rua Augusto Rosa, mas por parecer da Comissão Municipal de Toponímia de 09/04/1955 foi-lhe acrescentada a partícula «de» — Rua de Augusto Rosa — , justamente por o homenageado ali ter residido. Junto com a Travessa dos Teatros são os únicos topónimos relativos a Teatro na Freguesia de Santa Maria Maior.

Rua de Augusto Rosa |1901-10-29|
Antiga do Arco do Limoeiro vendo-se à esq. a antiga cadeia do Aljube, depois convertido em museu.
Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente

Augusto Rosa (1850–1918), filho mais novo do actor João Anastácio Rosa e, irmão do também actor João Rosa, estreou-se no Teatro Baquet do Porto em O Morgado de Fafe em Lisboa, no ano de 1874. Trabalhou no Teatro da Trindade e também no D. Maria II, para o qual aliás, formou com seu irmão e Eduardo Brazão a Sociedade de Artistas Dramáticos que viria a dar lugar à Companhia Rosas & Brazão e, era tal o seu empenho nela que recusou por duas vezes ser professor do Conservatório de Lisboa.
Augusto Rosa foi agraciado com o Hábito de Santiago pelo Rei de Espanha e com a Comenda de Santiago portuguesa, para além de ter sido objecto de estudo de um professor da Faculdade de Medicina de Lisboa pela riqueza das suas expressões fisionómicas.

Rua de Augusto Rosa, 50 |1940|
Antiga do Arco do Limoeiro
Casa onde viveu e faleceu o actor Augusto Rosa junto à Sé de Lisboa.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

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