José António Marques (1822-1884), concluiu o curso na Escola
Médico-Cirúrgica de Lisboa aos 20 anos de idade e foi promovido a
cirurgião ajudante do Exército, sendo colocado em Caçadores 30. Militar
distinto, cientista e jornalista, a ele se deve a fundação da Cruz Vermelha Portuguesa.
O olisipógrafo Norberto de Araújo preconizava, em 1939, o desaparecimento da muralha da Rocha Conde de Óbidos, mas tal não veio a acontecer. A muralha, bem como a escadaria, ainda lá continuam.
«Tudo isto está condenado a desaparecer para dar lugar a uma nova muralha (a actual foi construída em 1880-1882) e que é desviada do seu local actual mais para nascente, na rectificação que se fará do Jardim 9 de Abril, antigo das Albertas, em cuja cêrca conventual foi construído.
A Rocha, ou Rochedo, era pertença da casa Sabugal-Óbidos (hoje da Cruz Vermelha) se debruça sobre a Avenida 24 de Julho.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, p. 91, 1939)
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, p. 91, 1939)
Escadaria José António Marques e Palácio Óbidos-Sabugal [Início séc. XX] Avenida 24 de Julho Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente |
Localizado no Jardim Nove de Abril e Classificado como Imóvel de Interesse Público, este palácio do séc. XVII permaneceu na posse da família Óbidos-Sabugal até 1919, data em que foi adquirido pela Cruz Vermelha Portuguesa, que aí instalou a sua sede nacional. Objecto de profundas intervenções de restauro e conservação desde o Terramoto de 1755, da construção seiscentista subsiste, pouco alterada, a fachada Norte, destacando-se o portal nobre, de cantaria, encimado pelas armas da família proprietária. Painéis de azulejos azuis e brancos, datados da primeira metade do séc. XX e realizados por Gabriel Constante, imitando os painéis do séc. XVIII, formam um rodapé ao longo da fachada e ocupam os vãos entre as janelas. No interior é visível uma concepção romântica patente nos silhares de azulejos, nos tectos pintados e apainelados e nos revestimentos das paredes.(cm-lisboa.pt)
Palácio Óbidos-Sabugal [1930-39] Avenida 24 de Julho Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Escadaria José António Marques e Palácio Óbidos-Sabugal e Museu Nacional de Arte Antiga [195-] Avenida 24 de Julho Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
O Museu Nacional de Arte Antiga, sito na Rua das Janelas Verdes, está instalado, desde a sua fundação, em 1884, no palácio mandado construir, em finais do século XVII, pelo 1º conde de Alvor, Francisco de Távora,, após o seu regresso da Índia, onde fora vice-rei. Mantido na família até meados do século XVIII, veio depois a pertencer a um irmão do marquês de Pombal, Paulo de Carvalho, antes de passar a residência de um rico negociante de diamantes e cônsul da Holanda, Daniel Gildemeester, que patrocinou avultadas obras de qualificação dos interiores. A sua localização, erguida sobre o rio e a zona portuária, confere-lhe uma envolvência cenográfica invejável. (MNAA; DGPC)
Museu Nacional de Arte Antiga [195-] Perspectiva tomada do Cais da Rocha Fotografia anónima, in Lisboa de Antigamente |
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