O edital de 07/08/1911, além de alterar as nomenclaturas de vários arruamentos, definiu em planta os topónimos a atribuir aos arruamentos do Rio Seco, na Ajuda, entre os quais este se incluía.
Diogo Cão (c. 1452-1486) foi um navegador português do século XV que possivelmente nasceu na Freguesia de Sá, concelho de Monção, ou na região de Vila Real, ou até em Évora, em data desconhecida, pois somente a realeza fazia registos concretos da data de nascimento e falecimento. Filho natural de Álvaro Fernandes/Gonçalves Cão, fidalgo da Casa Real.
Escudeiro e depois Cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique, enviado por D. João II de Portugal, realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelo interior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala, perto de Matadi. Ao chegar à foz do rio Zaire, Diogo Cão julgou ter alcançado o ponto mais a sul do continente africano (Cabo da Boa Esperança), que na verdade foi dobrado por Bartolomeu Dias pouco tempo depois, e ao qual inicialmente chamara Cabo das Tormentas.
Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do Congo. Em 1485 chegou ao Cabo da Cruz (actual Namíbia). Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.
Rua de Diogo Cão |1939-08| Navegador — Século XV Cruzamento com a Rua da Aliança Operária; ao fundo, passado o túnel, nota-se o Largo do Rio Seco. Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Diogo Cão é citado em diversas obras artísticas, como n´Os Lusíadas, de Luís de Camões ou no romance As naus, de António Lobo Antunes. Surgiu em vários selos e notas de Portugal e das suas antigas colónias. Diogo Cão é também citado no poema Padrão constituinte da obra Mensagem de Fernando Pessoa.