Esses dois prédios defronte do Jardim [Augusto Gil] e do ângulo da Igreja com a Sacristia, são velhos e representativos do sítio, embora muito transformados.
Aquele, no tôpo contido entre a Calçada da Graça e a Travessa das Mónicas, foi o Palácio dos Senhores de Trofa (Carvalhos e Lemos); [...]
Aquele, no tôpo contido entre a Calçada da Graça e a Travessa das Mónicas, foi o Palácio dos Senhores de Trofa (Carvalhos e Lemos); [...]
O outro, enorme, renovado no seu exterior — grande prédio de rendimento — , e que se situa entre as Travessas das Mónicas e a de S. Vicente (esta antiga Travessa das Bruxas) era o Palácio dos Condes de Val-de-Reis, antes Azambujas, e mais tarde Loulés; foi muito arruinado pelo Terramoto; reconstruido, ardeu aí por 1819, entrando em ruínas, adquiridas pelos irmãos Francisco e Guilherme Tomaz da Costa, em 1880. Fez-se depois, 1889, a Vila Tomaz da Costa, habitada por muitas famílias; em 1918, passou à firma João Luiz de Sousa, e filho, pertencendo desde 1923 a Eugénio de Sousa. Hoje é a Vila Sousa.
Vila Sousa [entre 1902 e 1908] Largo da Graça, 77-82; Tv. de S. Vicente,13-15 (esq.); Tv. das Mónicas, 6-28 (dir.) Machado & Souza, in Lisboa de Antigamente |
O conjunto — que domina a colina da Graça com os seus azulejos em cerâmica azul — organiza-se em volta de grande pátio central ao qual se tem acesso, tal como às habitações, por uma entrada em túnel com abóbada plena. A disposição arquitectónica dos vários corpos que compõe o conjunto, conferem-lhe, talvez, mais feição de "ilha" do que bairro operário. Possui 5 pisos, onde se incluem a s/loja e mansarda. Um dos corpos foi edificado posteriormente. Tímpano de ferro no portal: «1890».
Vila Sousa, entrada [c. 1910] Largo da Graça, 77-82 Empresa de aluguer de carruagens (Brown-inglesa) de Eduardo Augusto de Oliveira Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII, p. 49, 1938..