Sunday, 28 November 2021

Travessa de S. João da Praça, antigo Beco das Moscas, ou da Mosca

O nosso caminho vai ser a Travessa de S. João da Praça — o antigo e bairrista Beco da[s] Mosca[s] — e pela pitoresca serventia penetraremos em Alfama. Por agora espreitemo-la apenas-que curioso é esta perspectiva!


Ora aí tens — diz Norberto de Araújo — uma das mais pitorescas e originais betesgas de S. João da Praça: este enfiamento, sob os passadiços que ligam os dois corpos do velho Palácio dos Vila Flor, Duques da Terceira, e que foi até há poucos anos da Viscondessa da Abrigada, como te disse atrás. 
Tem qualquer cousa ainda de medieval, dando teatro, embora se venha desfigurando com arranjos e enxertos desde há uns anos a esta parte. 

Travessa de S. João da Praça. arco de entrada em pedra |1929|
Antigo Beco das Moscas, ou da Mosca
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

O tecto dos passadiços, sobre arcos de alvenaria, é de madeira, e por isso te digo que «dá teatro»; a nobreza da pedra não distingue esta serventia. Visto do lado de cima, o enfiamento ganha perspectiva, e à noite dá-nos ainda uma ilusão da Alfama quinhentista.
Aí tens o arco de entrada em pedra, com meias pilastras, e uma indicação do que deveria ter sido, expressão nobre bairrista ainda há um século.==

Travessa de S. João da Praça. arcos e  passadiços |c. 1900|
Antigo Beco das Moscas, ou da Mosca
José Artur Bárcia, in Lisboa de Antigamente

N. B. O Edital do Governo Civil de Lisboa de 17 de Outubro de 1863, crismou o Beco das Moscas, ou da Mosca, em Travessa de São João da Praça, a pedido de «alguns proprietarios de predios, e outros individuos, residentes» nesses arruamentos, alterando os topónimos comuns por referências religiosas dos locais onde se inseriam. O Beco das Moscas já aparece em 1858 no levantamento cartográfico de Lisboa executado por Filipe Folque e de acordo com aquele edital «dá serventia do Caes de Santarem para o largo da egreja parochial de S. João da Praça». [cm-lisboa.pt]
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Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. X, pp. 27-37, 1939.

Friday, 26 November 2021

Rua Morais Soares

Este arruamento nasceu em 1906 como Rua do Conselheiro Morais Soares, no troço da antiga Estrada de Circunvalação compreendido entre a rotunda (hoje, Praça do Chile) no término da Avenida da Dona Amélia (hoje Avenida Almirante Reis) e a Parada do Cemitério Oriental (hoje Parada do Alto de São João), e foi já após a implantação da República, pelo Edital Municipal de 27/11/1916, que passou a Rua Morais Soares, já que o título de "conselheiro" recordava o regime monárquico, por ser atribuído pelo soberano, tradicionalmente aos magistrados do Supremo Tribunal e por vezes, a pessoas que tinham prestado serviços honrosos.

Rua Morais Soares |195-|
Antiga Estrada de Circunvalação
Judah Benoliel, in Lisboa de Antigamente

Rodrigo de Morais Soares (1811–1881), bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra, distinguiu-se como alto funcionário da Administração Pública e especialista em assuntos aduaneiros, agrícolas e financeiros. Quando em 1852 se criou a Secretaria das Obras Públicas foi nomeado chefe da repartição de Agricultura e mais tarde Director geral, tendo fundado a Quinta Regional de Sintra e o Instituto Agrícola. Em 1858 fundou o Arquivo Rural, importantíssimo jornal de agricultura e artes e ciências correlativas. A Escola de Regentes Agrícolas de Santarém teve o seu nome, passando em 1910 a Escola Prática de Agricultura. Ainda escreveu diversos opúsculos sobre temas agrícolas e financeiros.[cm-lisboa.pt]

Rua Morais Soares |1955|
Antiga Estrada de Circunvalação
Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 21 November 2021

Torre de Belém

Neste monumento, de maior beleza que imponência, há a considerar o Baluarte, avançado desde os extremos da frente Sul da Torre, com seis faces, e com cerca de 41 me­tros de comprimento, e a Torre, propriamente dita, vertical, com quatro faces regulares, e com cerca de 36 metros de altura.


A Torre de Belém, o mais belo monumento fortificado de todo o pais, ainda que reduzido hoje a um padrão de beleza, evocativo das glórias marítimo-militares, com reflexos dos descobrimentos e projecção da opulência quinhentista, data de 1515-1519-1521, anos respectivamente do começo da obra, da sua conclusão, e da investidura do seu primeiro alcaide-mor, Gaspar de Paiva. 
Realização do reinado de D. Manuel não resta dúvida de que foi concepção de D. João lI, destinada a defender a entrada do rio. O «Baluarte do Restelo», também chamado «Castelo de S. Vi­cente a-par de Belém». ou. simplesmente, «Torre de S. Vicente», foi executada por Francisco de Arruda, designado em 1516 o «mestre do baluarte do Restelo», lavrante de pedraria, pertencente a uma família de artistas que trabalharam em Tomar, na Batalha, nos Jerónimos, e na construção de fortalezas em Çafim e Azamor.

Torre de Belém  [c. 1866]
Antiga Praia do Restelo hoje Avenida de Brasília
Em  cada um dos vértices da face Norte uma guarita, com sua cúpula, igual às da muralha do baluarte; sobre estas dois nichos com baldaquinos, num dos quais se  vê a imagem escultórica de S. Miguel e noutro a de S. Vicente, padroeiro da Torre e da cidade de Lisboa; uma janela de perfil românico, à altura do primeiro andar; um lindo balcão, saliente da parede, apoiado em cachorros, com dois arcos assentes sobre três colunelos, com balaustrada e cúpula, no mesmo perfil do grande varandim da face principal; uma janela geminada sobre aquele  balcão.
Autor desconhecido, iin Lisboa de Antigamente

Parece incontroverso que a primeira traça ou desenho da fortaleza não foi de Francisco de Arruda, mas do cronista, também debuxador [o mesmo que desenhador], Garcia de Rezende, ainda no reinado de D. João II, e/ou, de Boytac, o insigne «mestre» dos Jerónimos, já no reinado de D. Manuel. Francisco de Arruda foi, porém, o grande arquitecto realizador desta obra, cujos planos, se os havia, ele interpretou, ou transformou na «mais graciosa, a mais elegante, e a mais encantadora das jóias cinzeladas sob a ins­piração das fantasias mouriscas» (Oliveira Merson: 1861).
A antiga fortaleza desenvolve-se, com inspiração nacional autónoma, nascida dos elementos construtivos gótico-romanos, a qual através das sugestões da Índia e da África mourisca, deram o manuelino, exuberante, neste monumento, de originalidade, de simbolismo e de fantasias, singularmente reguladas pelo poder contemporizador de Francisco de Arruda. Esteve o «Baluarte do Restelo» rodeado de água por todos os lados, até que o deslocamento do curso do Tejo o foi envolvendo de areias, prendendo-se à torre como uma nau de quinhentos encalhada, com a proa mergulhada no rio, A Torre de Belém tem expressão nacional, na evocação dos descobrimentos e dos feitos marítimos que se lhes seguiram, mas constitui também, nas suas particularidades históricas, um documento olisiponense, de formoso semblante e impecável beleza.

Torre de Belém e Forte do Bom Sucesso  [c. 1900]
Antiga Praia do Restelo hoje Avenida de Brasília
Em 1780 inicia-se a construção do forte, com projecto do engenheiro e general francês Vallerée (segundo o sistema do marquês de Montalembert); o mesmo ficava ligado à Torre de Belém por meio de um passadiço. Durante a ocupação francesa, em 1808, o general Junot determina que a bateria seja ligada à Torre de Belém por uma bateria corrida, chamada Bateria Nova do Bom Sucesso ou do Flanco Esquerdo.
Autor não desconhecido, in Lisboa de Antigamente

A iconografia do monumento é vastíssima. A sua crónica é dilatada, viva de glórias mas tam­bém testemunho de tristes factos políticos: baluarte recamado da simbólica e da mística portuguesa do mar; prisão do Estado, do século XVII ao XIX. Conta algumas vicissitudes; no tempo de Filipe II a Torre de Belém esteve pronta ser arrasada, a conselho de um arquitecto napolitano, Vicencio Cazale, que no lugar daquela jóia pretendia construir uma «grande fortaleza». Em 1780-82 foi a Torre de Belém ligada por um suporte de bataria, ao forte do Bom Sucesso, e quando, mais tarde, este forte passou a ficar isolado, a Torre sofreu em parte desmantelamento. No período das invasões francesas de 1807 a 1810, foram reduzidas as ameias e guaritas do baluarte a meia altura, e retirados os arcos do varandim e outros elementos decorativos. Em 1845, por efeito dos protestos de Almeida Garrett, e a esforços do Duque da Terceira, governador da Torre, foi o monumento reintegrado pelo engenheiro militar António de Azevedo e Cunha. Em 1865 foi nela colocado o farolim que só há poucos anos dali foi retirado, e em 1867 deu-se-lhe a vizinhança das instalações abarracadas e negras da fábrica do gás, e a sentinela obesa do gasómetro.

Torre de Belém e Fábrica de Gás de Belém e gasómetros (dir.)  [c. 1900]
Antiga Praia do Restelo hoje Avenida de Brasília
A  muralha envolvente,  hexagonal, com cerca de um quarto da altura da Torre, e 
nela: A guarda ameiada em escudos de Ordem de  Cristo; Seis guaritas (das oito que envolvem, decorativamente todo o monumento) no vértice das faces do polígono, com janela de vigia, apoio cónico, e cúpula golpeada de gomos, no estilo  bizantino; Dezassete frestas rectangulares, ou canhoneiros, abertas na  muralha um pouco acima do nível de água.
Autor desconhecido, in Lisboa de Antigamente

O monumento, constituído pela torre propriamente dita, quadrangular, e por um baluarte hex­agonal, que defende a torre por envolvimento e avança sobre o rio, forma uma peça de conjunto, na qual os elementos interdependem sem dispersão; desta sorte não comporta a anotação de espécie móveis ou soltas. Objecto de vários estudos, monografias criticas e descrições, a Torre de Belém está desde há muito inventariado em pormenor; pela sua unidade não admite neste trabalho mais que uma síntese de inventário.

Torre de Belém  [c. 1869]
Antiga Praia do Restelo hoje Avenida de Brasília
No  Baluarte há que  anotar o portal principal de acesso ao monumento, contíguo  pelo nascente ao envasamento da Torre, servido (actualmente) por ponte levadiça, ornado ao  gosto da Renascença, com arco lavrado de volta redonda, sobrepujado de escudo régio e de esferas armilares.
Jean Laurent Minier, iin Lisboa de Antigamente

N.B.  1982 — A Torre de Belém é classificada Monumento Nacional e Património Mundial (UNESCO)  2007 — Nomeada como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
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Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, 1944.

Friday, 19 November 2021

Rua de S. Bento

O nome do sítio de São Bento data do séc. XVI em que o topónimo do local era feito por referência ao Convento de frades beneditinos que vieram de Tibães.
Segundo o olisipógrafo Norberto Araújo, em Peregrinações em Lisboa, da Rua dos Poços dos Negros até ao Largo passado o Arco de S. Bento, o topónimo Rua de S. Bento seria antigo. Dali para cima até ao Rato, considerava ser do séc. XVIII já que eram os Olivais de S. Bento e antes Rua Nova de Colónia
Segundo outro olisipógrafo, Luís Pastor de Macedo, em Lisboa de Lés-a-Lés, o troço superior da Rua de S. Bento poderia anteriormente ter sido designado como Rua de S. Bento às Trinas, por referência às Trinas do Rato.
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XI, p. 33, 1938-39)

Rua de S. Bento [1911]
O Arco de S. Bento, de autor desconhecido (séc. XVIII/XIX), esteve neste local até ao final dos anos trinta do séc. XX (1938), altura em que, a remodelação do antigo Palácio das Cortes, actual Assembleia da República, implicou que as suas pedras fossem desmontadas e numeradas, tendo sido reconstruído na Praça de Espanha.
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente

Aquele terreno que existia murado em frente do velhinho Mosteiro de S. Bento da Saúde — depois sede do Parlamento — formava declive para a Rua de S. Bento, pois o edifício ficava no alto, imponentemente, tendo aos pés as ruelas e hortos. Terraplanou-se, construiu-se um muro de defesa e ficou um largo, onde as carruagens dos parlamentares esperavam a sua saída. Cavalos de seges e depois os das tipóias comiam as suas rações sob as árvores , os segeiros e cocheiros pugnavam entre si , enquanto lá dentro tronitroavam os representantes do povo.

Rua de S. Bento, Arco e Palácio de São Bento [1901-1908]
O arco, a escadaria e o paredão foram demolidos por ocasião das obras de terraplanagem e de remodelação do Palácio de São Bento em 1938-1939, dando lugar à configuração actual.
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 14 November 2021

Lojas de antanho: Papelaria Palhares

O jornal diário A Capital:Diário Republicano da Noite, na sua edição de 29 de Junho de 1916, dedicava um longo artigo às mais antigas e tradicionais lojas da Baixa, mais precisamente aquelas situadas na Rua Áurea, vulgo do Ouro. Sobre a história do estabelecimento denominado Papelaria Palhares — e respeitando a grafia da época — o texto rezava assim:

A Papelaria Palhares [fund. 1889?] é das mais antigas casas da especialidade existentes em Lisboa. A sua reputação vem de longa data e pol-a em relevo é prestar justiça a um dos melhores estabelecimentos da Rua do Ouro, onde tem os n.ºs 141 e 143.
A Papelaria Palhares reformou há pouco ainda todas as suas installações modernisando-se por completo. O «Almanach Palhares» deu a esta casa bastante voga, e entre os artigos que ahli se encontram figuram os seus papéis de phantasia, magnificos «bibelots», artigos de pintura, etc. Entre os artigos mandados fabricar exclusivamente pelo sr. Antonio Palhares figura o papel para cartas denominado — Rainha D. Amélia — que é um verdadeiro primor.
 
Papelaria Palhares |c. 1910|
Rua Áurea, 141-143
Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente

N.B. O Almanach Palhares «do commercio, industria, agricultura, sciencias, artes e literatura. Muito noticioso e de utilidades praticas. Illustrado com mais de oitocentas gravuras», foi fundado em 1889 pelo chefe da policia civil A. Morgado e pelo industrial Palhares, estabelecido com papelaria e tipografia Rua do Ouro, 139.

Papelaria Palhares |1901|
Rua Áurea, 141-143

Bibliografia
A Capital: diário republicano da noite, Guimarães, Manuel, 1868-1938, ed. com., N.º 2106, 26 Jun. 1916.
SILVA, Inocêncio Francisco da Silva, Dicionário bibliográfico português, 1858-1923.

Friday, 12 November 2021

Rua Fresca

Topónimo que se fixou na memória de Lisboa em data que com exactidão não se pode precisar. A sua origem parece derivar das condições climatéricas próprias da artéria.
No entanto, Luís Pastor de Macedo ("Lisboa de Lés a Lés") refere este assunto: «A rua Frêsca, citada na demarcação de 1632, não devia corresponder à actual. A própria orientação que se lhe marca — de perlongo para o norte até à quinta de Francisco Soares — dá a entender isso mesmo. Quanto a mim tal designação correspondia à moderna rua de Caetano Palha e mais anteriormente à junção desta com a rua da Cruz dos Poiais, como o atestam as denominações de rua Fresca abaixo dos Poiais e rua Fresca que vai para os Poiais, citadas respectivamente em 1641 e 1644, nos Livros de Óbitos de Santa Catarina, e, ainda a circunstância de, desde 1630 a 1637, aparecer incluída na área das Mercês. O Sr. Matos Sequeira tem razão. A rua de Caetanao Palha foi a antiga Rua Fresca, como o demonstram as formas que em determinadas alturas serviram para designá-la — Rua Fresca do Poço dos Negros (1760) e Rua Fresca de Caetano Palha (1802) — e o facto de Manuel Palha Leitão, não sabemos se pai de Caetano Palha da Silva Leitão, mas decerto da sua família, ter morado na Travessa Fresca, onde faleceu em 1 de Maio de 1725.»

Rua Fresca [1967]
Ao cimo a Rua Caetano Palha
João Goulart, in Lisboa de Antigamente

Sunday, 7 November 2021

Ruas do Carmo e 1º de Dezembro: venda de castanhas assadas

Quentes e boas!
Apregoa-se a castanha,
Desde o Rossio ao Saldanha,
Os pregões são sempre assim.
O segredo de como são assadas e como ficam com a cor «branca» está na temperatura do forno que é aquecido por brasas de carvão vegetal; as castanhas são colocadas num assador metálico (antigamente era em barro e ainda há quem use) com forma de cone em que a ponta de cima foi cortada de maneira a servir de «boca» e o fundo é perfurado por vários orifícios e encaixa perfeitamente no forno, de maneira a aproveitar o calor ao máximo. As castanhas antes de irem para o assador são cortadas com um único e profundo golpe e durante a assadura são repetidas vezes polvilhadas com sal grosso e mexidas.

Ruas do Carmo e 1º de Dezembro |1985|
Venda de castanhas assadas
Por Edital municipal de 7 de Agosto de 1911 a Rua do Príncipe e Largo da Rua do Príncipe passaram a denominar-se Rua Primeiro Dezembro, a data da Restauração em 1640. 
Georges Dussaud,
in Lisboa de Antigamente

Friday, 5 November 2021

Rua do Loreto

Luís Pastor de Macedo refere que esta artéria «É uma parte do antigo caminho que ia das Portas de Santa Catarina (Largo do Chiado) para Santos e Alcântara. Brandão na sua "Estatística de 1552" dá-lhe já o nome de rua do Loreto, os sacadores da derrama de 1565 designam-na por rua dr.tª q vay do loreto pª calçada do congro, o cura da Sé, em 1605, por rua direita fora da porta de Sª Cª, e os registos paroquiais da freguesia da Encarnação dão-lhe geralmente a denominação simples de rua Direita, algumas vezes, poucas, a de rua Direita do Loreto e só por acaso rua do Loreto, a não ser em grande parte do século passado e no actual [XIX e XX], em que tanto uma como outra das últimas denominações citadas, foram as únicas empregadas. Depois do terremoto, isoladamente, deram-lhe também o nome de rua Larga do Loreto
Esta rua, antes da demolição dos célebres casebres do Loreto (ruínas do palacete dos Marialvas) e portanto antes de se ter feito a Praça Luís de Camões, chegava pelo nascente até à rua Larga de S. Roque, hoje rua da Misericórdia.»
(MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de Lés a Lés, vol. III, 1942)

Rua do Loreto [1950/60]
Junto à Praça de Luís de Camões
Estúdio Horácio Novais, 
in Lisboa de Antigamente
Nota(s): o local e a data da foto não estão identificados no arquivo (FCG).

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