O olisipógrafo Norberto Araújo caracteriza da seguinte forma este arruamento do vetusto Bairro da Mouraria, onde, até aos fins do séc. XIII chegavam as águas do Tejo:
A Rua da Mouraria é o troço — a Avenida bairrista — que começa no Arco Marquês do Alegrete e termina na Rua Fernandes da Fonseca, no ponto de convergência da Rua do Bemformoso, Rua dos Cavaleiros e Calçada da Mouraria. (...) Os grandes edifícios urbanos da Rua são quási todos do segundo e terceiro quartéis do século passado. (...)
Repara, Dilecto, no conjunto desta Rua, de fachadas que não oferecem antiguidade e desenho bizarro, mas que, exactamente pelo conjunto, são o mais típico possível de post-Terramoto: os prédios são altos e estreitissimos (alguns pouco mais têm do que quatro metros), como por exemplo, defronte do Capelão, os dos n.°” 39-41, 53-55, 57-59. Vê-se' que as construções ganhavam na vertical o que perdiam na largueza.==
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. III, pp. 71-74, 1938)
Rua da Mouraria |1949|
Ao fundo, o antigo Arco do Marquês do Alegrete, demolido
em meados de 1950 para dar lugar à actual Praça do Martim Moniz.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente
|
MAS QUE ARTIGO TAO POBRE ! E A PORTA MANUELINA ?
ReplyDeleteE que tal voltar a tomar os medimentos?
Delete