Sigamos mestre Norberto de Araújo e «tomemos a Rua do Arco do Marquez do Alegrete. (...) Esta sim, na sua pobreza urbanista, tem qualquer coisa de pitoresco, vista em enfiamento, com o seu arco ao fundo, o estendal às janelas, e os estabelecimentos populares tão característicos. (...)
Ora aí temos o Arco do Marquez do Alegrete, no aspecto de 1674, ano em que foi transformada a velha porta de S. Vicente da Mouraria, assim chamada ainda em 1554. Intitula-se do Marquez do Alegrete, porque a êle se encostou o palácio construído pelo Conde de Vilar Maior, antecessor da Casa dos Alegretes, depois Penalvas e Taroucas (Teles da Sylva).»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. III, pp. 78-79, 1938)
Rua do Arco do Marquês de Alegrete [Início séc. XX] Em 1946 o palácio do Alegrete foi demolido para dar lugar à actual praça Martim Moniz. Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
A Rua do Arco do Marquês de Alegrete, (só terá adquirido esta denominação depois de 1801), .entre o Poço do Borratém e a Praça Martim Moniz tem este nome devido ao proprietário do palácio, o 1º Marquês de Alegrete.
O Arco sobre o qual assentavam dois andares unia dois prédios pertencentes à mesma família, e, como refere o olisipógrafo Vieira da Silva, foi construído por volta de 1674, por proposta da Câmara para que «se rompesse a Torre das Portas da Mouraria, com um arco que tenha capacidade de passarem coches.»
[Rua do] Arco do Marquês do Alegrete Em 1961 foi finalmente empreendida a controversa destruição do Arco do Marquês de Alegrete. Roque Gameiro, in Museu da Cidade |
Adorava passar no electrico por baixo do Arco do Marquês de Alegrete.
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