Foi neste arruamento próximo do Teatro D. Maria I que a edilidade decidiu perpetuar como Praça, o nome do dramaturgo D. João da Câmara, com a legenda «Figura Gloriosa do Teatro Português, 1852–1908», embora o edital de 1924 tenha por lapso mencionado Largo e, durante décadas, se tenha mantido a duplicação de referências, ora como Largo ora como Praça.
Dom João Gonçalves Zarco da Câmara (1852-1908), alfacinha do nascimento à morte, viveu no Palácio Ribeira Grande, à Junqueira, (vide artigo anterior) e embora fosse engenheiro dos caminhos-de-ferro dedicou-se à escrita, sobretudo a de teatro, tendo-se estreado em 1876 no teatro D. Maria com a comédia «Ao Pé do fogão». Como seus êxitos maiores destacam-se as operetas «O burro do Sr. Alcaide» (1891) e «Cocó, reineta e facada» (1893), bem como as peças «Bernarda no Olimpo» (1874), «Meia-Noite» (1890), «D. Afonso VI» (1890), «Alcácer Quibir» (1891), «Os Velhos» (1893), «A Toutinegra Real» (1894), «O Amigo das mulheres» (1896), «Triste Viuvinha» (1897), «Rosa Enjeitada» (1901) e «Ali-babá» (1904). Dom João da Câmara publicou também poemas, romances e contos para além da sua colaboração na revista «O Occidente» e de ensinar Arte de Representar no Conservatório de Lisboa.[cm-lisboa.pt]
Esta artéria era o Largo de Camões, já assim denominado em 1858 no Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque.
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Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, sob orientação de Filipe Folque, [1858] Assinalado a vermelho, o largo de Camões, hoje Praça Dom João da Câmara in AML |
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ReplyDeletePermita-me apenas um comentário. Dom João da Câmara viveu e morreu na rua da Junqueira, no palácio dos Condes da Ribeira (antigo liceu Rainha Dona Amélia). Na fachada desse palácio existe uma placa alusiva ao poeta, colocada pela CML em 1922.
Gratos pelo reparo. Verbete corrigido.
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