Noutros tempos. pela Páscoa, na altura da Semana Santa, era tradição o luto carregado, as pessoas vestiam-se de escuro e com discrição.
Largo do Chiado [1907] Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
«(...) Corrigi então a minha devoção e tornei-a perfeita. Pensando que o bacalhau das sextas-feiras não fosse uma suficiente mortificação, nesses dias, diante da Titi, bebia asceticamente um copo de água e trincava uma côdea de pão.
«(...) na rua feita de sol, pelas sedas das senhoras que subiam para a missa do Loreto, espartilhadas e graves.]
(Eça de Queirós, A Relíquia, 1887)
Largo do Chiado [1907] Igreja da Encarnação Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
«O Largo das Duas Igrejas, designação municipal desaparecida em 1925,
mas que o povo ainda mantém pela força do realismo — a presença dos
templos — , foi o lugar da Porta (ou Portas) de Santa Catarina,
construída na cerca de D. Fernando, entre 1373 e 1375, cuja demolição
estava resolvida em 1702, e se realizava ainda em 1705, prolongando-se a
1707. Trezentos e trinta anos de existência justificam a teimosia do dístico que por aqui correu.»
(Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa», vol. V, p. 12)
(Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa», vol. V, p. 12)
Semana Santa, Largo do Chiado, Ilustração Portuguesa, 8 de Abril de 1907
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