De acordo com o olisipógrafo Norberto de Araújo «Todos os prédios do Largo de Santa Bárbara, do lado nascente, e cujas traseiras caem sobre o Regueirão, assim como os da Rua dos Anjos, são muito anteriores à urbanização moderna, e datam em grande parte de reedificações logo a seguir ao Terramoto.
Rua dos Anjos [1954] Antiga Rua Direita dos Anjos Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
Alguns têm na fachada as típicas caravelas lisboetas, que falam como uma data, outros notam-se ainda sobrepostos ao nível actual da rua, mais alto cerca de noventa centímetros do que era em 1840. Há mesmo um dêles, n.º 62 do Largo [de Santa Bárbara], datado de 1747.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. IV, p. 77, 1938)
Rua dos Anjos [1954] Antiga Rua Direita dos Anjos Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente |
O olisipógrafo Luís Pastor de Macedo, na sua obra Lisboa de Lés-a-lés, descreve do seguinte modo o remoto historial deste topónimo:
« Nome por
que actualmente é conhecida parte da antiga estrada de Santa Bárbara. Em
1712 Carvalho da Costa designa-a por rua acima da Igreja até o lugar de
Arroios, incluindo também nesta designação a actual rua de Arroios.
Passando depois a ser denominada rua Direita dos Anjos, fixou-se a sua
extensão por edital do governador civil de 1 de Setembro de 1859, a qual
ficou compreendida entre os largos do Intendente e de Santa Bárbara. (...).»
Caravela foreira, Largo de Sta. Bárbara [c. 1949] Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
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