Saturday, 19 March 2016

Banhos de São Paulo

«Emergem estas preciosas águas minerais a alguns metros da margem do Tejo no recinto do Arsenal de Marinha que lhes dá o nome. A fonte é perene e abundantíssima, e as águas, captadas por uma bomba, são conduzidas ao Estabelecimento de , e ai ministradas (…)» 
(LOURENÇO, Agostinho Vicente, Algumas informações sobre as aguas sulfureas salinas do Arsenal da Marinha, Lisboa, 1889)

«Água administrada sob forma de banhos de imersão, carbogasosos, duches simples, escocês, de Vichy e subaquático; irrigações nasais, inalações e pulverizações; irrigações vaginais; massagem médica ou geral e subaquática.» (Anuário, 1963) 

Banhos de São Paulo |1951|
Travessa do Carvalho
Eduardo Portugal, 
in Lisboa de Antigamente

Mandado construir pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a partir de 1850, sob projecto de Pézerat,o edifício dos Banhos de S. Paulo tinha por objectivo aproveitar uma nascente de águas medicinais que havia sido descoberta junto à ala Poente da Praça do Comércio. O edifício desenvolvia-se em três pisos abertos para um espaço central, iluminado por uma clarabóia. No interior dispunha de 59 tinas e possuía os equipamentos mais modernos para a época, sendo considerado um dos melhores da Europa. Este balneário serviu a população lisboeta até 1975, data em que foi encerrado ao público, em virtude dos índices de poluição da fonte abastecedora. Após várias vicissitudes, este edifício, classificado como Imóvel de Interesse Público, foi cedido, em 1990, pela Câmara Municipal de Lisboa à Ordem dos Arquitectos, que aí instalou a sua sede, após as necessárias obras de adaptação, segundo projecto dos arqs. Graça Dias e Egas Vieira.

Banhos de São Paulo |196-|
Travessa do Carvalho
Mário Novais, 
in Lisboa de Antigamente

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