A igreja de S. Paulo assenta sensivelmente no local da primitiva, mas com outra orientação, pois tem a porta principal voltada ao Nascente e a de templo anterior olhava o Poente. O arquitecto foi Remígio Francisco de Abreu, que fez desaparecer o adro com o cruzeiro, o qual se situava defronte do Forte de S. Paulo, actual praça de D. Luís I. [Araújo: 1955]
A zona de São Paulo sempre foi uma zona comercial preferencial e por isso mereceu particular atenção após o terramoto de 1755. A primitiva igreja de São Paulo que ficou destruída pelo incêndio do sismo, teve o seu projecto de reedificação realizado pelo arqº Remígio Francisco (com início em 1768) que seguiu o traçado adoptado no Convento de Mafra. Aliás, aqui se formaram os principais engenheiros e arquitectos que foram responsáveis pela reconstrução da cidade após o terramoto.
A nova Igreja de São Paulo apresenta uma só nave com uma fachada virada para nascente [a primitiva estava voltada ao Poente]. O corpo central é limitado por pilastras dóricas e ladeado por torres. No frontão triangular, um medalhão apresenta a conversão de São Paulo.
No interior do templo encontramos oito capelas laterais, sendo a nave revestida de mármores polícromos.
No interior do templo encontramos oito capelas laterais, sendo a nave revestida de mármores polícromos.
Igreja e chafariz de São Paulo |190-| Praça de São Paulo Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente |
O Chafariz de São Paulo,
inaugurado a 29 de Outubro de 1849, era requisitado à muito pela
população local, alegando que o Chafariz da Esperança era muito longe. O projecto deste chafariz deve-se ao arquitecto do Senado Malaquias Ferreira Leal, datando do ano anterior. Orçou em 3:204$895 réis.
Igreja e chafariz de São Paulo |entre 1908 e 1914| Praça de São Paulo Charles Chusseau-Flaviens, in Lisboa de Antigamente |
A partir de 26 de Fevereiro de 1850,
uma das suas bicas foi destinada aos marinheiros que tinham de trazer o
barril identificado com a letra e número do seu respectivo navio. Tinha
quatro bicas, duas Companhias de Aguadeiros, dois capatazes e cabos,
sessenta e seis aguadeiros e um ligeiro em 1851. [Velloso d' Andrade: 1851]
Igreja e chafariz de São Paulo, aguadeiros |1907| Praça de São Paulo Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
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