Segundo o olisipógrafo Norberto de Araújo, o sítio de São Paulo «Foi de
seu princípio ribeirinho, sítio mercadejador, piedoso e turbulento. É
coevo do Cata-que-farás e dos Remolares, vizinho actual da Ribeira Nova. (...) Remonta ao quinhentismo, extra-muros. Em 1550 não contava como
freguesia; existia como formigueiro de mareantes. (...)
Rua de São Paulo (nascente), Arco de São Paulo [séc. XIX] Carro «Americano», anterior à electrificação da linha que só ocorreu c. 1901. Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente |
Peço-te, antes de encerrarmos este passo de jornada, que atentes bem na fisionomia dos prédios do lado Norte da Rua de S. Paulo, na ala paralela à linha do eléctrico. Têm ainda qualquer cousa de pitoresco e de ingénuo, integrada na fisionomia pura pombalina desta área; são relíquias modestas do primeiro período da reedificação da Rua de S. Paulo, cuja artéria, como aliás a Praça, não correspondem à topografia da primeira metade do século XVIII. E já agora, contempla o semblante das lojas dos adelos, em série, como em «rua direita» da provincia. Aspecto único em Lisboa. Pois bem curioso é este sítio de S. Paulo — lisboetazinho puro.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIII, pp. 59-62, 1939)Rua de São Paulo (nascente), Arco de São Paulo [190-] Posterior à electrificação da linha, são visíveis os postes das catenárias junto ao arco. Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente |
Esquina da Rua de São Paulo com a Rua Nova do Carvalho. Leitaria Bérrio(montra e porta e janela)depois era a porta de acesso a um prédio onde era o meu dentista,
ReplyDeletedepois a casa de artigos eletricos José da Costa (porta e montra)... Do lado direito lembro-me de uma ourivesaria, e de um pintor de tabuletas, um artista, das mãos ele nasciam muitas obras primas no vidro pintado pacientemente, existia também uma loja de louças, panelas, tachos,copos, era a casa Ferreira. Assim era
até onde a minha memória contempla. Nasci em 1948..