Corria o ano de 1930 quando um projecto para reunir as Faculdades de Lisboa num só local contemplou, pela primeira vez, a construção de um campo de jogos para os estudantes universitários. A zona da Palma de Cima e arredores, entre a Praça de Espanha e o Campo Grande, seria a eleita para a localização do que seria a futura Cidade Universitária, à história da qual o Estádio Universitário de Lisboa (EUL) está ligado.
Cinco anos depois foi encomendado ao arqº Porfírio Pardal Monteiro o Anteprojecto da Cidade Universitária de Lisboa. Também, o “Plano de Urbanização da Cidade de Lisboa” (1938-48), da autoria do arqº urbanista Etienne de Gröer, contemplou o que seria esta nova cidade dos estudantes. Na década de 50, a partir da apresentação do anteplano de urbanização da Cidade Universitária, da autoria dos arquitectos João Simões e Norberto Correia, seria dado o arranque definitivo para a concretização da nova cidade dos estudantes. Este plano do campus universitário foi posteriormente abandonado.
Panorâmica tirada do hospital de Santa Maria, vendo-se a Cidade Universitária e, ao longe, o estádio José de Alvalade [1961] Avenida Prof. Egas Moniz Artur Goulart, in Lisboa de Antigamente |
Posteriormente, do projecto de conjunto da Cidade Universitária, apresentado por Pardal Monteiro, em 1957,seriam inaugurados os edifícios das Faculdade de Direito (1957) e de Letras (1959), da Reitoria (1961) e da Biblioteca Nacional (1961), exemplos de uma arquitectura oficial monumentalizante. Entretanto, a 25 de Novembro de 1953, por despacho do MOP, tinham sido estabelecidos os limites da zona de protecção do, então denominado, Hospital Escolar de Lisboa e outros edifícios universitários.
O projecto de arborização, do arqº paisagista António Viana Barreto, integrava-se no plano geral de arborização da Cidade Universitária, procurando-se, por isso, manter a unidade de conjunto nas espécies plantadas. O conceito artístico e de monumentalidade seria dado pela construção da Praça da Maratona (que não passou do papel), que se ligaria à entrada pedonal do Estádio, e por 8 estátuas alusivas à temática desportiva distribuídas em redor do campo principal. Este campo foi entendido como um pequeno estádio olímpico, destinado a pouco público, mas com características monumentais e possibilitando a prática de várias modalidades: rugby, futebol, andebol, hóquei em campo e atletismo. A cerimónia de inauguração do EUL, a 27 de Maio de 1956, ocorreu num domingo ventoso. (in estadio.ulisboa.pt)
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